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Pelo menos 30 palestinianos feridos por soldados israelitas em Gaza

Milhares de palestinianos participaram, esta sexta-feira, nas mobilizações da Grande Marcha do Retorno. Pelo menos 30 foram feridos pelas forças israelitas, incluindo 3 paramédicos e 2 jornalistas.

Desde o início dos protestos da Grande Marcha do Retorno, em 30 de Março de 2018, as forças israelitas mataram mais de 250 palestinianos e feriram mais de 26 mil
Créditos / Sputnik News

Milhares de palestinianos aderiram à 43.ª sexta-feira consecutiva de manifestações da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. De acordo com Ministério palestiniano da Saúde em Gaza, pelo menos 30 manifestantes foram feridos a tiro pelo Exército israelita.

Só a leste da Cidade de Gaza 14 civis foram atingidos com fogo real, disse Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério, acrescentando que as forças israelitas atingiram directamente três ambulâncias, duas das quais pertencem ao Crescente Vermelho palestiniano.

Al-Qidra disse ainda que também ficaram feridos dois jornalistas e três paramédicos, que foram atingidos por bombas de gás lacrimogéneo. O canal de TV em língua árabe al-Mayadeen, sediado no Líbano, referiu que o seu correspondente em Gaza, Ahmed Ghanem, foi ferido num pé enquanto fazia a cobertura dos protestos, tendo sido posteriormente hospitalizado, indica a PressTV. O outro jornalista ferido foi identificado como Muhammad Abu Qadus, refere a agência Ma'an.

As mobilizações da Grande Marcha do Retorno tiveram início em 30 de Março de 2018 e, desde então, o Exército sionista matou mais de 250 palestinianos e feriu 26 mil, dos quais 500 se encontram em estado crítico, segundo dados do Palestinian Information Center divulgados pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).

Uma das reivincações primordiais destas manifestações prende-se com o levantamento do bloqueio imposto pelos israelitas à Faixa de Gaza há quase 12 anos, com consequências humanitárias tremendas para os cerca de 2 milhões de habitantes do pequeno enclave costeiro.

Nos protestos da Grande Marcha do Retorno, os manifestantes afirmam ainda o direito de os refugiados palestinianos – e seus descendentes – regressarem às terras de onde foram expulsos, em 1948, no âmbito da campanha de limpeza étnica levada a cabo por Israel, por ocasião da sua fundação.

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