O Novo Banco pediu mais 1149 milhões de euros, o que levou o Ministério das Finanças a requerer uma auditoria face ao que considera ser um «valor expressivo» das perdas registadas.
Trata-se de um buraco financeiro que levanta de novo a questão da sua entrega ao fundo especulativo Lone Star, face às propostas de manutenção do banco na esfera pública, juntamente com outros activos da família e do Grupo Espírito Santo, perdendo-se assim uma oportunidade para robustecer o sector público bancário.
Fica assim, mais uma vez, exposta a necessidade da reversão para o Estado do Novo Banco, considerando que, se é o Estado quem paga, deve ser o Estado a gerir.
A submissão do Governo às orientações da União Europeia impediu esse objectivo, preferindo entregar o Novo Banco à Lone Star, um fundo americano, por um preço que podia variar entre os zero euros e os 3,98 mil milhões de euros negativos. Desta forma, a Lone Star acabou por obter um dos maiores bancos a actuar em Portugal por zero euros, podendo mesmo vir a receber avultadas quantias, como está a acontecer.
A entrada da Lone Star no Novo Banco foi negociada por Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes do governo PSD/CDS-PP, à época contratado pelo Banco de Portugal para prestar assessoria ao processo.
Carlos Costa, na cerimónia que marcou a transferência de propriedade, considerou a venda de 75% do Novo Banco ao fundo americano «um marco importante para o sistema financeiro português».
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