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Semana de luta no SBSI/SAMS arrancou com forte adesão

Os trabalhadores do Serviço de Assistência Médico-Social (SAMS) iniciaram esta terça-feira três dias de greve parcial em resposta à ofensiva do sindicato da UGT para caducar a contratação colectiva.

Concentração realizada junto à residência oficial do primeiro-ministro, Lisboa, 26 de Março de 2019
Créditos / CESP

A par da greve parcial desta manhã, que se repete todos os dias até quinta-feira, das 7h30 ao meio-dia, cerca de meia centena de trabalhadores do SAMS realizaram uma concentração de protesto em frente à residência oficial do primeiro-ministro.

Os protestos ao longo da semana foram convocados por uma ampla frente sindical, formada em resposta à ofensiva laboral da direcção do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI/UGT), que é acusada pelos trabalhadores de ser um «sindicato patrão» e de estar a fazer tudo ao seu alcance para caducar a contratação colectiva.

Além disso, os trabalhadores do SAMS e seus representantes não aceitam que «o Governo do PS e o primeiro-ministro António Costa não tenham dado resposta aos pedidos de audiência da Comissão de Trabalhadores», requeridas desde Janeiro.

Nesse sentido, os trabalhadores do SAMS exigem a intervenção de António Costa, visto que a situação arrasta-se desde o final de 2016, face aos vários processos de negociação encerrados de forma unilateral pelo SBSI e devido ao facto de a estrutura da UGT ser presidida por Rui Riso, deputado do PS, que também é membro da Comissão do Trabalho na Assembleia da República.

A frente sindical denuncia que a direcção do SBSI tem «fingido» negociar, de forma a cumprir os requisitos legais, mas «efectivamente sempre visou acabar com as negociações e com as convenções coletivas dos trabalhadores», procurando «manipular e pressionar os responsáveis ministeriais» de forma a obter a caducidade e assim retirar vários direitos aos mais de 1400 funcionários.

Além disso, os sindicatos denunciam «reiterados incumprimentos» ao acordo de empresa, bem como em diversas matérias, como o recurso à desregulação dos horários e à precariedade, tendo destacado que o sindicato da UGT bate muitas empresas, com «mais de 1000 trabalhadores com vínculos precários ao seu serviço».

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