A greve, convocada pelos sindicatos que representam os trabalhadores do Serviço de Assistência Médico-Social (SAMS) para 27 de Novembro, surge na sequência de uma nova ofensiva da administração para interromper o processo negocial e provocar a caducidade do acordo de empresa.
A situação, que se arrasta desde o final de 2016, assume particular gravidade tendo em conta que a gestão do SAMS está a cargo do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), uma das principais estruturas da UGT – O secretário-geral da central já foi seu dirigente e actualmente é presidido pelo deputado do PS Rui Riso.
Tal como agora, logo em Janeiro de 2017 os trabalhadores do SAMS e do SBSI realizaram uma greve convocada por uma ampla frente sindical e que contou com o apoio da comissão de trabalhadores.
Agora, e face à ruptura unilateral das negociações, já pediram a intervenção do Minsitério do Trabalho e da Autoridade para as Condições do Trabalho. Para além da tentativa de retirar direitos através da caducidade da contratação colectiva, os sindicatos e a comissão de trabalhadores denunciam também «reiterados incumprimentos» ao acordo de empresa, seja em matérias como recurso à precariedade ou desregulação de horários, assim como através da recusa em proceder a aumentos salariais previstos.
Em comunicado, registam ainda a recusa da direcção do SBSI em reunir com a comissão de trabalhadores e em prestar informações quanto a alegados prejuízos, que já serviram de justificação para encerrar a maternidade do Hospital do SAMS, no passado mês de Abril.
O serviço de saúde dos bancários detém uma dezena de unidades onde trabalham mais de 1300 profissionais.
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