A sessão de esclarecimento para trabalhadores imigrantes decorre amanhã às 9h30, na sede do Sindicato da Hotelaria do Norte (CGTP-IN), no Porto, com a presença de Manuel Sola, presidente da Comissão Nacional para a Legalização de Imigrantes.
Em comunicado, o sindicato alerta que «o número de trabalhadores imigrantes tem vindo a crescer muito nos hotéis, restaurantes, cafés e pastelarias nos últimos três anos», salientando que muitos chegam com visto de turista e acabam a trabalhar em condições muito duras, ilegalmente, dando como exemplo a Uber Eats e a Glovo.
A estrutura sindical afirma que se trata de «trabalhadores muito vulneráveis, com muitas dificuldades de fazerem face às despesas com o alojamento e alimentação», assim como «a dormirem sem condições mínimas de higiene e habitabilidade, em escritórios de empresas ou em quartos alugados sem mínimas condições».
«Muito patronato do sector aproveita-se da situação fragilizada destes trabalhadores e explora-os até ao tutano, mantendo-os a trabalhar ilegalmente, por vezes mais de um ano, sem descontos para a Segurança Social, sem seguro contra acidentes de trabalho, a trabalhar dez, 12 e 14 horas diárias, sem pagamento de trabalho suplementar, sem férias, subsídio de férias e de Natal», acusa o sindicato.
Por outro lado, quando os trabalhadores exigem os seus direitos, a estrutura sindical denuncia que o patronato opta por retaliar com despedimentos, ameaças e denúncias às autoridades, recordando o recente caso no restaurante Miradouro Ignez.
Além de denunciar tais «práticas ilegais e violentas do patronato», o Sindicato da Hotelaria do Norte recorda também que tem procurado defender os direitos destes trabalhadores na contratação colectiva, como é «o caso da proibição de retirar ou agravar o alojamento e o direito a acumular férias de dois anos para poderem gozar com a família nos seus países de origem».
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