Os trabalhadores sob alçada da Divisão de Arquivo Municipal de Lisboa estarão em greve amanhã, das 10h às 12h, e vão concentrar-se em protesto junto à entrada do arquivo, no Bairro da Liberdade.
Em causa está a reivindicação de um edifício único para o Arquivo Municipal de Lisboa, de forma a garantir a salvaguarda do seu património, assim como a melhoria das condições de trabalho, lê-se num comunicado do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML/CGTP-IN).
Actualmente, o Arquivo Municipal está instalado em vários equipamentos dispersos pela cidade, em edifícios de utilização múltipla, «contrariando todas as normas e recomendações nacionais e internacionais», afirma-se no documento, em que se denunciam «sucessivos episódios de infiltrações», a degradação do edificado, bem como a ausência de ventilação e climatização adequadas.
Além de exigirem melhores condições de trabalho e mais pessoal especializado, os trabalhadores – que rejeitam a proposta de instalação de parte do arquivo nas torres do Alto da Eira, onde dizem não haver condições – pretendem também denunciar, com esta greve, a evidente degradação que se verifica nos documentos e materiais que se encontram à guarda do arquivo, alguns dos quais «de carácter ímpar, com vários séculos de existência».
No texto, os funcionários denunciam a política «irresponsável» da Câmara Municipal, e do seu executivo em particular, na área da «preservação da memória histórica e cultural da cidade de Lisboa».
Neste sentido, exigem que o executivo municipal se comprometa com uma «solução concreta e urgente» para o Arquivo Municipal, «só possível num edifício único, reabilitado ou construído de raiz», num processo que envolva os trabalhadores.
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