Três lanchas de combate identificadas com emblemas da Marinha colombiana foram encontradas abandonadas e sem ocupantes no rio Orinoco, no Sul da Venezuela, junto à fronteira com a Colômbia, informa a agência Sputnik.
As lanchas, segundo um comunicado da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) citado pela agência, encontravam-se «em estado de abandono» e foram apreendidas por «efectivos da Guarda Nacional Bolivariana» que se encontravam em «operações de vigilância e busca» no sector Chorro El Mono, no município de Cedeño, estado de Bolívar.
Tratam-se de «três lanchas modelo Boston Whaler, cada uma com dois motores 175 HP marca Evinrude», equipadas «com metralhadoras de calibre 50 e M60 e respectivas munições».
«O Ministério Público e as demais instituições do Estado venezuelano levam a cabo as investigações correspondentes», refere o comunicado, acrescentando que o material apreendido se encontra à guarda da instituição.
Fotografias das lanchas e restante material apreendido foram publicadas no twitter da FANB, que reivindica o prosseguimento de «operações de patrulha e busca em todo o território nacional, como parte da operação Escudo Bolivariano, a fim de garantir a liberdade, soberania e independência da nação».
A Marinha da Colômbia reconheceu que as lanchas apreendidas eram «botes [pequenos navios] da instituição» que se encontrariam «amarrados na margem do rio Meta», um afluente do Orinoco, quando foram «arrastados pela corrente até ao território venezuelano», e que o assunto é «objecto de investigação».
Entretanto, o presidente Nicolás Maduro anunciou a captura de mais três terroristas implicados na incursão realizada no estado de La Guaira, no norte do país, cuja identidade desvendou.
Tratam-se de Junior de Jesús Silva Herrera, Antony José Reyes y Jackson Paquiva Becerra, que foram capturados pelo «grupo de comando marítimo número 82», afirmou o Chefe de Estado venezuelano.
O mandatário acrescentou que prosseguem as buscas de outros implicados na tentativa golpista do passado dia 3 de Maio e estar convencido de que todos os implicados serão capturados.
Numa declaração transmitida pela TV a 4 de Maio o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou a captura de um grupo de mercenários na costa marítima venezuelana e acusou os governos dos EUA e da Colômbia de estarem por trás da tentativa de golpe.
Poucos dias depois um dos detidos, militar veterano dos EUA, confirmou às autoridades venezuelanas que o assassinato de Nicolás Maduro era um dos objectivos da invasão, frustrada pelas forças de segurança bolivarianas.
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