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|Venezuela

Venezuela apreendeu armas e deteve estrangeiros ligados a plano terrorista

O ministro venezuelano do Interior, Diosdado Cabello, forneceu detalhes sobre a operação violenta organizada por mercenários de vários países, em conjunto com a extrema-direita local.

Diosdado Cabello exibe o armamento apreendido, que iria ser utilizado em acções de terrorismo Créditos / TeleSur

As autoridades venezuelanas revelaram, este sábado, terem procedido à apreensão de 400 espingardas enviadas a partir dos EUA, bem como à detenção de seis cidadãos estrangeiros, que entraram no país caribenho para levar a cabo um plano que implicava gerar desestabilização e acções violentas.

Em conferência de imprensa, à tarde, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, disse que as forças de segurança prenderam dois cidadãos espanhóis, três norte-americanos e um checo, confiscaram telemóveis e, dessa forma, conseguiram «frustrar um possível ataque terrorista à Embaixada da Argentina na Venezuela», pelo qual se «pretendia culpar» o governo venezuelano.

Na ocasião, explicou que as pessoas detidas falaram sobre lançar granadas e explosivos contra a missão diplomática e que têm ligações a um aliado de Juan Guaidó, marioneta de Washington que se chegou a autoproclamar presidente da Venezuela.

As investigações também revelaram um plano para assassinar o presidente Nicolás Maduro, a vice-presidente Delcy Rodríguez e o próprio Cabello.

«O governo da Venezuela utilizará todos os mecanismos necessários para derrotar os grupos de mercenários e terroristas que tentam minar a paz e a ordem nos país», afirmou Cabello, alertando que estas acções se enquadram numa manobra mais ampla, em alusão à ofensiva que o país enfrenta, promovida pela extrema-direita, Washington, Madrid e outros governos estrangeiros, na sequência das eleições presidenciais de 28 de Julho, que Nicolás Maduro venceu.

Em operação dirigida pelos EUA, a Espanha cabia captar mercenários

À noite, Diosdado Cabello deu uma entrevista à TeleSur e a outros órgãos públicos, na qual detalhou mais algumas questões relacionadas com a operação terrorista que as autoridades venezuelanas estão a desarticular.

Entre outros aspectos, o ministro do Interior precisou que a operação violenta era dirigida por Washington e que aos organismos dos serviços secretos espanhóis cabia recrutar os mercenários para a executar.

Entrevista do ministro do Interior venezuelano à TeleSur // Freddy Ñáñez (Telegram)

Cabello disse que as autoridades venezuelanas prenderam o militar norte-americano no activo Wilber Joseph Castañeda, que se encontrava no país sul-americano em pleno processo eleitoral e que dirigiu toda a operação.

Tendo entrado na Venezuela em Março e Julho, estabeleceu contactos com políticos e com o crime organizado, esclareceu Diosdado Cabello, acrescentando que o outro norte-americano detido é especialista em hacking.

Disse ainda que foram presos dois cidadãos espanhóis – membros dos serviços secretos e com ligações a Wilber Joseph Castañeda, a determinados sectores políticos e grupos do crime, aos quais caberia executar as operações em preparação – e um mercenário de nacionalidade checa, ao qual foi apreendido um livro com notas sobre ligações a políticos venezuelanos, sobre a violência na Venezuela depois de 28 de Julho e sobre como torturar e como sobreviver na selva.

A coordenação destas acções, frisou o ministro, foi-se deslocando para o Equador, isto porque, em seu entender, já não é tão fácil actuar na Colômbia como durante a governação de Iván Duque, um inimigo declarado da Revolução Bolivariana.

Armas para uso exclusivo do Exército dos EUA

Na longa entrevista dada por Cabello, este destacou o facto de as armas apreendidas serem exclusivamente utilizadas pelo Exército norte-americano e insistiu que toda a operação foi orquestrada pelos EUA, através da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês).

Cabello, que acusou o FBI (Departamento Federal de Investigação) de ter feito uma inspecção ao local onde se encontravam as armas, na Flórida, e não as ter apreendido, afirmou que os interrogatórios revelaram, até agora, contactos entre os orquestradores e figuras da direita venezuelana, como María Corina Machado, Julio Borges, Belén Salas, Carlos Vecchio e Yorman Varillas, venezuelano acusado de ter cometido um assassinato no estado de Zulia, que teria escapado para os Estados Unidos.

«Pensaram que a operação ia ser muito fácil. Termos apreendido as armas é um golpe muito duro. Talvez seja simples para eles conseguir armas, mas metê-las aqui, na Venezuela, não», afirmou Cabello, alertando que não se pode baixar a guarda.

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