No comunicado em que anuncia que a greve terá lugar dia 12 de Junho (entre as 0h e a 1h do dia seguinte), o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN) revela que, desde 2011, a actualização dos salários dos trabalhadores da Randstad II ronda um euro por ano, em média.
A empresa de aluguer de mão-de-obra para empresas como a NOS e a EDP «resiste cegamente» na tentativa de «evitar o crescimento dos salários» – denuncia o sindicato –, «embora tenha sido obrigada a ceder em várias reivindicações», sempre «retiradas à força da muita luta desenvolvida nestes anos».
Sublinhando que «as condições de trabalho não melhoram» e que o «ambiente de trabalho se degrada por força de práticas de imposição e arrogância», o SIESI acusa ainda a Randstad II de ser uma empresa que «não vê, não ouve, não dialoga e não negoceia».
A estrutura sindical alerta também para a situação de instabilidade que os trabalhadores da Randstad II vivem, frisando que empresas como a NOS e a EDP, para quem os trabalhadores efectivamente prestam o seu trabalho, tanto nos call centers como na lojas, continuam «a negar a sua integração nos seus quadros e a estimular práticas de precaridade», por via de «empresas que servem de intermediárias e ganham a comissão por vender» o seu trabalho.
Assim, com a greve de dia 12, os trabalhadores da Randstad II vão denunciar a estagnação salarial e lutar pela integração nos quadros das empresas para quem o trabalho é prestado.
Vão estar também em luta contra «uma gestão de silêncio, onde o não assumir de respostas é expediente para procurar influenciar negativamente as condições e o ambiente de trabalho», e contra «a instabilidade criada nos postos de trabalho com o recurso a alterações na sua desorganização», explica a estrutura sindical.
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