A direcção da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) apresentou ontem as medidas que propôs ao Governo e que irá apresentar também aos partidos representados na Assembleia da República com vista à inclusão no próximo Orçamento do Estado.
Entre as propostas enumeradas num comunicado a que o AbrilAbril teve acesso está a adopção de medidas de apoio à manutenção e criação de emprego nos sectores mais afectados pela gestão da pandemia, a redução dos impostos indirectos e de outras taxas de forma progressiva, sugerindo neste ponto, entre outras medidas, a abolição do pagamento por conta (PPC) durante o período em que vigorarem as medidas restritivas ao funcionamento das actividades económicas.
O acesso adequado a crédito bancário, nomeadamente em relação a spreads, comissões e garantias, e a atribuição, à CGD e ao Banco de Fomento, de um papel diferenciador na prestação de crédito às micro, pequenas e médias empresas são outras das propostas apresentadas pela confederação, que aproveita para denunciar o facto de «milhares» de empresários ainda não terem recebido o apoio às rendas que lhes foi atribuído durante a pandemia.
A CPPME «sabe» que estas medidas não dão resposta a todas as preocupações das micro, pequenas e médias empresas, tendo «seleccionado aquelas que, no imediato, podem contribuir para mitigar as maiores dificuldades de mais de um milhão de empresas, que são o sustento dos vários milhões de trabalhadores que nelas laboram», e por serem «fundamentais» para o relançamento da economia nacional.
A estrutura salienta que há em Portugal 1 milhão e 200 mil micro e pequenas empresas que empregam 3 milhões e 800 mil trabalhadores.
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