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Ana Margarida de Carvalho vai ao Seixal falar com crianças e jovens

O encontro com a escritora, para crianças e jovens, é já no dia 12 de Março, 15h, na Praça Luís de Camões, com entrada gratuita. A iniciativa é dinamizada pela associação "Os Pioneiros de Portugal", com apoio da autarquia.

Créditos / PCP

«Há dias que duram mais que os outros. O dia da mulher é um desses dias, capaz de se prolongar até lhe darmos uma resposta. Isto porque é daqueles dias que, quando ocupam a nossa cabeça, abrem espaço para ideias novas». É este o mote dado pela Associação "Os Pioneiros de Portugal" para a sessão do próximo Domingo com a escritora Ana Margarida de Carvalho.

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Ana Margarida de Carvalho vence Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco

O livro Pequenos Delírios Domésticos, de Ana Margarida de Carvalho, venceu o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores.

Ana Margarida de Carvalho
Créditos / The Booklovers

«Um júri constituído por Cândido Oliveira Martins, Fernando Batista e Isabel Cristina Mateus decidiu, por unanimidade, atribuir o prémio ao livro Pequenos Delírios Domésticos, de Ana Margarida de Carvalho», lê-se no comunicado da Associação Portuguesa de Escritores (APE).

Segundo o júri, «trata-se de um conjunto de contos que surpreende o leitor pela invulgar actualidade temática e sociológica (dos incêndios que devastaram o país, em 2017, aos dramas íntimos de portugueses convertidos ao Estado Islâmico, de refugiados sírios num lar de velhos ou de uma mulher tunisina que dá à luz num barco apinhado de gente durante a travessia do Mediterrâneo, entre outros)».

A escritora alia a estas histórias «um notável trabalho de precisão e depuramento da palavra e, acima de tudo, um olhar atento aos dramas humanos, independentemente do lugar mais ou menos doméstico que lhes serve de palco», afirma o júri, em acta citada pela APE.

A estreia literária de Ana Margarida de Carvalho, Que importa a fúria do mar, valeu-lhe o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, em 2013, que voltou a receber em 2016 com Não se pode morar nos olhos de um gato, que foi também distinguido com o Prémio Manuel Boaventura.

Jornalista, Ana Margarida de Carvalho, foi finalista este ano do Prémio P.E.N. na categoria narrativa, com esta sua primeira obra de contos.

O Grande Prémio, com o valor pecuniário de 7500 euros, é patrocinado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e será entregue em data a anunciar, segundo a mesma fonte.

O Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco foi instituído, em 1991, pela APE e «destina-se a distinguir uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de país africano de expressão portuguesa, publicada em livro, 1.ª edição, no decurso do ano de 2017».

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Ao longo de uma tarde, todas as crianças e jovens que se queiram juntar, vão conversar «sobre o papel da imaginação, da ficção», na construção de «uma nova resposta ao Dia da Mulher», através, claro, de vários jogos e desafios. É que «as ideias novas não se fazem sozinhas, cada uma no seu canto, separadas umas das outras», defendem os Pioneiros.

A sessão, inteiramente gratuita, tem lugar no pŕoximo dia 12 de Março, às 15h, na Praça Luís de Camões n.º42, no Seixal, contando ainda com o apoio da Câmara Municipal do Seixal.

Ana Margarida de Carvalho foi jornalista da Revista Visão desde a sua fundação, onde permaneceu durante quase 25 anos, nos quais foi ocupando várias categorias profissionais: Grande-repórter, editora da secção Sociedade, cronista e crítica de cinema. Trabalhou durante mais de uma década na secção de Cultura. Viu várias das suas reportagens premiadas.

É a primeira autora portuguesa a ganhar o prémio APE por três obras consecutivas, duas de ficção (Que Importa a Fúria do Mar e Não se Pode Morar nos Olhos de um Gato) e um livro de contos (Pequenos Delírios Domésticos).

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