O Governo PS e o Ministério do Trabalho, que vinham empurrando a situação com a barriga, deram, após muitos meses de espera, o aval para a Comissão Liquidatária da Silopor (principal empresa portuária portuguesa de descarga e armazenagem de granéis sólidos alimentares, nos portos) negociar aumentos salariais (desta feita, dignos).
Reunidos em plenário em frente ao Ministério das Finanças, os trabalhadores da Silopor marcaram greve para dia 20 de Fevereiro. Na ausência de respostas, os trabalhadores da Silopor avançam na forma de luta e marcaram greve. A decisão da greve foi tomada num plenário em frente ao Ministério da Finanças, no passado dia 10, um dia depois do Indignação, Protesto e Luta marcado pela CGTP. Esta greve comprova que a indignação não ficou circunscrita a um dia e os trabalhadores. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), o Acordo de Empresa para os Trabalhadores da Silopor não sofre qualquer revisão desde 2009 e é precisamente essa revisão que é reivindicada pelos trabalhadores. Feitas as contas, desde 2009 regista-se uma inflação acumulada superior a 22% e o Salário Mínimo Nacional aumentou apenas 310 euros. Face a isto, em 2022 a Comissão Liquidatária, por acto de gestão, decidiu actualizar os valores da tabela salarial em 0,9%, bastante aquém da inflação verificada no ano. Apesar da situação da empresa, que dá lucro e que é arrecadado pelo Estado, o Ministério das Finanças que actualizou os salários dos trabalhadores das empresas do Sector Empresarial do Estado em 2023 optou por excluir os trabalhadores da Silopor desses aumentos sem nenhuma justificação. Para os trabalhadores e para o CESP esta posição por parte do Ministério e do Governo é inaceitável e exigem que se emende rapidamente, e com efeitos retroactivos a 1 de Janeiro de 2023, a orientação e se autorize a comissão liquidatária a negociar a revisão do AE; o aumento dos salários de todos os trabalhadores da Silopor em 10%, no mínimo 100 euros; e a integração de todos os trabalhadores com vínculos precários. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Trabalhadores da Silopor avançam para greve
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Para além de um aumento de 75 euros em todos os salários, indepentemente da posição na tabela salarial, a Silopor firmou um acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) para fixar as anuidades em nove euros e fixar o subsídio de refeição em 6,91 euros diários.
Apesar da situação da empresa, que dá lucro, arrecadado pelo Estado, o Ministério das Finanças tinha-se recusado a actualizar os salários da Silopor como fez com os trabalhadores das empresas do Sector Empresarial do Estado, em 2023. Desde o final do ano de 2022, os trabalhadores têm aderido em massa às greves, concentrações e protestos definidos pelos próprios, em plenário.
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