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Militares à espera do prometido diálogo com o Governo

As associações profissionais de militares – ANS, AOFA e AP – sublinham que não foram efectuadas quaisquer reuniões com o ministro da Defesa Nacional sobre questões remuneratórias, ou outras.

CréditosAntónio Cotrim / Agência Lusa

As associações de oficiais (AOFA), de sargentos (ANS) e de praças (AP) falam de uma reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional (SEDN), mas desmentem publicamente que o objectivo e conteúdo da reunião tenha tido alguma coisa a ver com questões relativas as sistema retributivo dos militares.

Em concreto, a Associação de Praças, em comunicado, esclarece que «tem sido referido, pelo Senhor Primeiro Ministro e pelo Senhor Ministro da Defesa Nacional que as negociações com vista à melhoria salarial dos Militares estão a decorrer. Queremos afirmar que a Associação de Praças ainda não foi contactada pelo Ministério da Defesa Nacional para o efeito. Resta saber com quem essas reuniões têm decorrido». Em relação à reunião com o SEDN, a AP refere que a reunião se realizou a pedido do Governo, e que «a única referência à questão da revisão salarial dos Militares ocorreu quando o SEDN referiu que era intenção do MDN resolver esse assunto após o final das negociações que estavam a decorrer com as Forças e Serviços de Segurança e o Ministério da Administração Interna».

Também a AOFA alinha pelo mesmo diapasão, afirmando, em comunicado, que desde a reunião com o secretário de Estado, «nunca o Sr. Ministro da Defesa Nacional recebeu a AOFA, nem tão pouco foram efectuadas quaisquer reuniões negociais sobre matérias remuneratórias, ou outras». Ainda assim, a Associação de Oficiais reserva «a possibilidade de não ter sido já ultrapassada a fase da gestão das expectativas».

Nesse sentido, a AOFA, para além de assumir que a sua actuação privilegia «os princípios do diálogo social e institucional, da verdade, da seriedade, sem reservas», manifesta a sua «disponibilidade para reunir com o Sr. Ministro da Defesa Nacional e aguarda por um momento de significado inédito que concretize o direito efetivo de representação e negociação coletiva das Associações Profissionais de Militares, conforme é consagrado aos restantes concidadãos».

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