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O Festival do Novo Cinema Latino-americano está aí à porta

Faltam menos de duas semanas para a 45.ª edição do Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano, que decorre em Havana de 5 a 15 de Dezembro. Serão apresentadas 256 obras de 42 países.

a 45.ª edição do Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano irá apresentar 256 obras Créditos / cubaenresumen.org

A longa-metragem argentina Los domingos mueren más personas (2024), de Iair Said, foi o filme escolhido para a abertura, revelou a directora do evento, Tania Delgado Fernández, em conferência de imprensa, esta quarta-feira.

Como é costume, além da exibição de filmes – com especial destaque para o cinema da América Latina –, o Festival de Havana, que este ano tem como lema «Cinema vivo, vivo cinema», inclui actividades académicas e profissionais, nomeadamente conferências, workshops e aulas dadas por especialistas da região, de 30 de Novembro a 7 de Dezembro, anunciou a directora.

Disse igualmente que na actual edição se mantêm os concursos habituais de longa-metragem de ficção, obras-primas, longa-metragem documental, curtas de animação, cinema de temática Lgbtq+, guião inédito, cartaz e pós-produção.

A novidade, refere o portal acn.cu, é a abertura da secção de cinema experimental, intitulada «Outros territórios», que recebeu um número considerável de obras.

Cartaz da actual edição do Festival de Havana, que irá decorrer com o lema «Cinema vivo, vivo o cinema» / @FestCineHabana

«No Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano são recebidos filmes que passaram por outros festivais do mundo, mas é também o momento de estrear pérolas do cinema regional e de pôr o espectador em contacto com a cultura e a intelectualidade do continente», afirmou Delgado Fernández.

Homenagens a escritores, cineastas, artistas e à Palestina

Na conferência de imprensa, foram anunciadas várias homenagens no contexto do Festival de Havana. Uma delas é à Palestina, que inclui uma mostra cinematográfica e apresentação de livros.

Outra dirige-se ao prolífico escritor colombiano Gabriel García Márquez, com o Festival a apresentar, em estreia mundial da Netflix, os dois primeiros episódios da série «Cem anos de solidão», que se baseia no romance homónimo.

Tania Delgado Fernández sublinhou que o evento, no seu 45.º aniversário, não pode passar ao lado da figura de Alfredo Guevara, cineasta e um dos fundadores do festival, cujo centenário se celebra no próximo ano. Nesse sentido, frisou que o festival «é só um preâmbulo» e que irá homenagear «esta grande figura do cinema latino-americano».

Outra figura que o evento irá destacar é a do cubano Juan Padrón, pelo lugar que ocupa na história do cinema do país, sobretudo no de animação, onde – referiu Delgado – foi «um pioneiro».

Além do II Fórum de Animação Latino-americana e Caribenha Juan Padrón in Memoriam, haverá lugar à apresentação do livro La historieta y la animación en la vida de Juan Padrón, de Aramis Acosta, assessor geral dos Estudos de Animação do Instituto Cubano da Arte e Indústria Cinematográficos (Icaic).

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