|acção reivindicativa

Enfermeiros dos Centros de Saúde de Lisboa em greve pela «remuneração em falta»

Os enfermeiros dos centros de saúde de Lisboa que passaram para as Unidades Locais de Saúde (ULS) em 2024 continuam a ser penalizados «em matéria de pagamentos e concursos», denuncia o SEP/CGTP-IN.

A lista de reivindicações dos enfermeiros dos Centros de Saúde de Lisboa é extensa: «o pagamento de toda a remuneração em falta, nomeadamente os retroactivos desde 2018; a conclusão dos concursos das categorias de gestor e especialista; harmonização das condições remuneratórias e de meios entre unidades funcionais; operacionalização do designado “acelerador de carreira”; a contratação de mais enfermeiros e a defesa de um SNS público, universal, geral e gratuito».

Os profissionais que, em 2024, foram integrados nas Unidades Locais de Saúde (ULS) têm recebido retroactivos a contar desde esse ano. No entanto, as instituições recusam-se a assumir o pagamento desde 2018, alegando que a responsabilidade por esse período cabe à extinta Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, organização que foi desmantelada (juntamente com as demais ARS) em outubro de 2024.

São centenas de enfermeiros que «continuam a ser penalizados em matéria de pagamentos e concursos devido à extinção das ARS», conforme destacado em nota do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN).

Por outro lado, embora o Governo PSD/CDS-PP esteja demissionário, o seu Plano de Emergência para a Saúde permanece em execução. «Este plano não só não resolve os problemas do SNS – onde a contratação de mais profissionais é essencial – como ainda agrava a situação devido à falta de investimento público, especialmente nas áreas de saúde comunitária e saúde pública, beneficiando claramente os grandes grupos económicos ligados ao setor da saúde», como é evidenciado pela criação das novas Unidades de Saúde Familiar modelo C.

O tratamento dado pelos sucessivos governos do PS e PSD aos enfermeiros está intrinsecamente ligado ao processo de privatização da gestão de 174 Centros de Saúde, que estão integrados nas cinco unidades hospitalares onde serão implementadas novas Parcerias Público-Privadas (PPP).

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