Pese embora o governador do estado se referir «apenas» a seis mortos, 51 feridos e 25 detidos, várias fontes indicam que o saldo da brutal intervenção policial, este domingo, 19, em Nochixtlan, é mais grave: nove mortos estão confirmados e o número de feridos oscila entre os 60 e uma centena, consoante as fontes.
Para desalojar os cerca de 500 manifestantes, mais de 800 efectivos da Polícia federal e estadual recorreram a gás lacrimogéneo, balas de borracha e fogo real. Teme-se que o número de mortos possa aumentar, tendo em conta que há vários feridos em estado grave, espalhados por hospitais da região.
Os docentes da 22.ª secção da CNTE (Coordenadora Nacional de Trabalhadores da Educação), apoiados por estudantes e populares, bloqueavam há cinco dias uma via de acesso a Salina Cruz, entre outros pontos do estado de Oaxaca, em protesto contra uma reforma educativa que desvaloriza e precariza o trabalho docente, e põe em causa o sistema público de ensino mexicano.
Desde a sua promulgação, em 2013, a reforma de Peña Nieto foi alvo de contestação pelos professores. Mobilizados pela CNTE, os docentes retomaram a luta contra a reforma há mais de um mês, a nível nacional.
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