Em declarações à Agência Lusa, a dirigente do PEV Manuela Cunha disse ontem que esta foi uma das conclusões da Comissão Nacional do partido, após a reunião de dois dias do órgão dirigente, simbolicamente na data em que passam seis anos do acidente nuclear de Fukushima, reafirmando a sua oposição à energia nuclear.
De acordo com Manuela Cunha, «Os Verdes» têm «preocupações em relação à atividade económica» do País, porque entendem que se registaram «ligeiras melhorias», mas «de facto muito ligeiras», e que as medidas tomadas, nomeadamente de reposição de rendimentos, «não chegam para reactivar a economia».
«O mundo empresarial não reativou, continua a sofrer grandes problemas, e os efeitos do turismo podem ser muito esporádicos, e têm também alguns impactos negativos», sustentou.
O PEV defende que é necessário «mais investimento na economia» e que isso implica «uma renegociação da dívida, sem a qual o País não sai da cepa torta", acrescentou Manuela Cunha, lamentando a posição do PS em relação a esta matéria: «Mantém-se demasiado preso a esta condicionante, que está a empatar o País».
«Os Verdes» iniciaram na semana passada uma campanha de recolha de postais que «visa dar oportunidade aos portugueses, nomeadamente à população que em caso de acidente seria a mais atingida, isto é a população dos concelhos fronteiriços e ribeirinhos do Tejo, de afirmar a sua vontade de que a Central Nuclear de Almaraz seja encerrada». Os postais, depois de subscritos, serão remetidos ao primeiro-ministro português e ao presidente do Governo de Espanha. A campanha decorre simultaneamente nos distritos ribeirinhos ao Tejo: Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Lisboa e Setúbal.
A reunião da Comissão Nacional do PEV decorreu entre a noite de sexta-feira e a manhã de sábado. Após o final da reunião, os dirigentes ecologistas integraram a manifestação de mulheres convocada pelo Movimento Democrático de Mulheres e que juntou 20 mil participantes nas ruas de Lisboa.
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