À partida do Marquês de Pombal, em Lisboa, o secretário-geral da central sindical, Arménio Carlos, sublinhou a centralidade da luta dos trabalhadores e a necessidade de dar um sinal ao Governo para que não fique «à sombra dos resultados que tem obtido».
Porque há questões por resolver na vida dos trabalhadores – das quais a CGTP-IN destaca a necessidade do aumento dos salários e do salário mínimo nacional, de dar força à contratação colectiva ou combater a precariedade –, a central anunciou no 1.º de Maio a convocatória das acções de hoje.
Nos últimos meses têm-se desenvolvido acções reivindicativas em várias empresas e sectores, algumas delas já com resultados obtidos.
«Não basta dizer que se muda, é preciso mudar», afirmou Arménio Carlos, referindo ainda a necessidade de serem alteradas as normas introduzidas na legislação laboral nos últimos anos, particularmente no período da troika, classificadas como gravosas para os trabalhadores pela CGTP-IN.
Integrando uma delegação do PCP, Jerónimo de Sousa considerou que a ideia de que «é preciso ter calma», utilizada pelo Governo para justificar o adiamento e o faseamento de várias medidas esbarra na necessidade de ir mais longe. Como exemplo, lembrou que há trabalhadores sem aumentos salariais há dez anos, nomeadamente na Administração Pública, e com as carreiras congeladas.
Esse «não é um bom caminho», sustentou,«porque leva a desilusões, leva a protesto, naturalmente, leva à luta».
Sobre o direito à contratação colectiva, o secretário-geral do PCP considerou que este deve ser reconhecido «sem constrangimento» – um direito «conquistado a pulso», lembrou.
A coordenadora do BE, Catarina Martins, disse compreender «que a CGTP sinta a necessidade de sinalizar este momento», afirmando ainda que o seu partido vai continuar a intervir no Parlamento.
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