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Trabalhadores da Somincor exigem intervenção do Governo

Os trabalhadores da Sociedade Mineira de Neves-Corvo (Somincor) manifestaram-se esta sexta-feira, em Lisboa, da Avenida Guerra Junqueiro até ao Ministério do Trabalho, reclamando a intervenção da tutela para a prevenção e resolução do conflito existente na empresa.

Trabalhadores da Somincor concentrados junto ao Ministério do Trabalho em luta por melhores condições, 10 de Novembro de 2017
CréditosJoão Silva / AbrilAbril

Os trabalhadores da Somincor, pertencente ao grupo canadiano Lundin Mining e concessionária da mina de Neves-Corvo (Castro Verde), em greve desde o dia 6 de Novembro até às 6h de amanhã, deslocaram-se hoje ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, onde entregaram um documento assinado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM/CGTP-IN).

Lê-se no texto que os trabalhadores reiteram a sua disponibilidade «para a intervenção desse Ministério, ao abrigo da Lei Orgânica, na prevenção e superação do conflito laboral» a decorrer na empresa Somincor.

«A administração da Somincor veio propor uma jornada de 10h42 no fundo da mina».

Nota da Fiequimetal

Os mineiros lembram que já haviam realizado greve no período de dia 3 a 7 de Outubro deste ano, também com adesão massiva, e que no plenário geral de trabalhadores ficou decidido que, «caso as negociações não culminem com o acordo das partes, os trabalhadores ver-se-ão forçados a voltar à greve no mês de Dezembro».

Os trabalhadores reivindicam o fim da laboração contínua no fundo da mina e a implementação de horários humanizados, de segunda a sexta-feira, assim como a antecipação da idade da reforma dos trabalhadores adstritos às lavarias, pastefill, backfill e central de betão.

Uma nota da Fiequimetal/CGTP-IN explica que, «em vez de melhorar os horários actuais (laboração contínua, com cinco dias de trabalho e apenas um de descanso e apenas três dias de descanso após 17 dias de trabalho), a administração da Somincor veio propor uma jornada de 10h42 no fundo da mina».

É ainda reivindicada a reparação das discriminações aos trabalhadores que rejeitaram a laboração contínua, com a atribuição da progressão da sua carreira profissional e «demais direitos que lhes foram sonegados», uma «justa e adequada» progressão nas carreiras, a justiça na atribuição dos prémios e o fim da pressão e repressão sobre os trabalhadores.

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