Depois das greves realizadas de 3 a 7 de Outubro, de 6 a 11 de Novembro, com deslocação ao Ministério do Trabalho no dia 10, e de 22 e 27 de Dezembro, os trabalhadores da mina de Neves-Corvo, em Castro Verde, estão novamente em greve esta sexta-feira por 24 horas, iniciada às 6h.
As paralisações foram divulgadas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM/CGTP-IN), que acusa a empresa de «fazer de conta que não entende a natureza do conflito que ela própria criou, nem as medidas que tem de tomar para o resolver».
Os trabalhadores da Somincor, pertencente ao grupo canadiano Lundin Mining e concessionária da mina, acusam ainda a administração «de optar pela ilegalidade» em vez da «via da negociação».
A greve em causa regista uma «adesão enorme» mas tem notado uma escalada no tom de repressão proveniente da empresa, que «já em Novembro recorreu à GNR para furar o piquete».
Em comunicado, divulgado pela Fiequimetal, o STIM denuncia que a administração «ameaçou não proceder ao pagamento dos dias intercalados em que os trabalhadores não realizam greve» e avançou hoje «com lock-out», acto proibido constitucionalmente, tendo denunciado o caso à Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT), que já está no terreno.
Os trabalhadores reivindicam o fim da laboração contínua no fundo da mina e a implementação de «horários humanizados», de segunda a sexta-feira, assim como «a antecipação da idade da reforma dos trabalhadores adstritos às lavarias, pastefill, backfill e central de betão».
É ainda reivindicada a reparação das discriminações aos trabalhadores que rejeitaram a laboração contínua, atribuindo as progressões e «demais direitos que lhes foram sonegados», uma «justa e adequada» progressão nas carreiras, a «justiça» na atribuição dos prémios e o fim da «pressão e repressão» sobre os trabalhadores.
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