«Fevereiro tem de ser o mês para haver propostas e soluções, senão o mês de Março vai ser de luta», assinalou o secretário-geral da Fenprof (CGTP-IN) à margem de um protesto na sexta-feira de cerca de 300 professores e educadores.
O aviso surge no contexto das negociações entre sindicatos e o Ministério da Educação, nas quais o Governo é acusado de contrariar o compromisso assumido em Novembro, com uma estratégia de «empurrar para a frente».
A Fenprof, face às várias reuniões marcadas pela ausência de propostas, constantes adiamentos ou posições negativas, decidiu avançar com uma greve nacional para a semana de 12 a 16 de Março, a realizar por regiões, caso o Governo mantenha a postura e não apresente soluções às suas reivindicações.
Entre outras propostas, a Fenprof admite uma concentração a 28 de Fevereiro, inclusive novas greves e uma manifestação no terceiro período lectivo, caso o Governo não mude a posição, como também uma queixa à Justiça pela ilegalidade cometida em 2017, quando não se abriu mais de 700 vagas no âmbito do concurso de integração extraordinário.
O secretário-geral da Fenprof assegurou igualmente que haverá diálogo com as outras organizações sindicais do sector, numa reunião a 9 de Fevereiro. No entanto, estas já anunciaram que concordam com o recurso às greves e manifestações, caso as negociações sobre a carreira não avancem.
Em causa estão várias matérias em negociação como o reposicionamento de carreiras, a recuperação do tempo de serviço congelado, os horários de trabalho e a aposentação. A Fenprof exige ainda a renegociação das progressões aos 5.º e 7.º escalões, com o estabelecimento de um mínimo anual de vagas, e a negociação de um regime de concursos justo e transparente.
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