«A greve começou bem», afirmou hoje, ao meio-dia, Mário Nogueira, em declarações aos jornalistas junto à Escola Básica Marquesa de Alorna, em Lisboa. Os resultados de adesão estão a ir de encontro às expectivas dos representantes dos professores, que ontem apelaram a uma «extraordinária greve» após outra reunião em que o Governo apresentou «mais do mesmo».
A greve desta semana foi convocada pelas dez estruturas sindicais de professores que assinaram a declaração de compromisso com o Governo, em Novembro passado, entre estas a Federação Nacional dos Professores (Fenprof/CGTP-IN) e a Federação Nacional de Educação (FNE/UGT).
Em causa, principalmente, está a questão da recuperação do tempo serviço congelado, da qual exigem a contagem dos mais de nove anos, de forma faseada, seguindo a resolução aprovada na Assembleia da República, que recomenda a contabilização de todo o tempo de serviço congelado nas carreiras da Administração Pública. Já o Ministério da Educação insiste nos dois anos e 10 meses, que implica uma perda próxima de 70% para os professores, que consideram a proposta «inaceitável».
Outros motivos para a greve são as questões de aposentação, horários e carreiras, aspectos sobre os quais o Governo manteve durante as reuniões «uma posição de "adia soluções"», acusam sindicatos, referindo-se à insistência deste em não marcar reuniões.
Apesar de o pré-aviso ser de quatro dias, os protestos estão a decorrer de forma faseada, por regiões, sendo que hoje abrange Lisboa, Santarém, Setúbal e Madeira. Amanhã, ocorrem na região Sul (Évora, Portalegre, Beja, Faro), a 15 na região Centro (Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda, Castelo Branco), terminando a 16 no Norte (Porto, Braga, Viana do Castelo,Vila Real e Bragança) e Açores.
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