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Trabalhadores com protesto agendado para amanhã

Repressão patronal nos CTT em véspera de greve nacional

A um dia da manifestação e da greve nacional dos trabalhadores dos CTT, a administração da empresa está a pressioná-los para que não participem no protesto e diz que os 800 despedimentos previstos não tem nada a ver com as relações laborais.

O presidente executivo dos CTT, Francisco Lacerda, na audição do conselho de administração dos CTT sobre a situação da empresa na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, realizada na Assembleia da República, em Lisboa. 31 de Janeiro de 2018
CréditosJoão Relvas / Agência LUSA

De acordo com o ECO, o próprio presidente executivo Francisco Lacerda terá enviado uma carta aos trabalhadores da empresa, a que se juntou uma comunicação interna de um dos administradores dirigida aos trabalhadores do atendimento – cuja adesão à greve poderá ser mais visível.

No documento, António Pedro Silva acusa as estruturas representativas dos trabalhadores de terem convocado o protesto animadas por motivações «políticas» e «ideológicas», que «nada têm a ver com as relações de trabalho na empresa». Ou seja, a administração dos Correios, a poucas horas do início da greve, está a tentar convencer os trabalhadores que os 800 despedimentos previstos no plano de reestruturação não têm nada a ver com relações laborais.

Apesar de a administração dos CTT falar de sustentabilidade e do futuro da empresa, pelo que o ECO publicou, não há uma palavra sobre as intenções de despedimento ou para os muitos trabalhadores com vínculos precários na empresa. O plano de reestruturação, divulgado no início do ano, implica o encerramento de 22 lojas e a saída de 800 trabalhadores.

A greve nacional foi convocada pelos sindicatos e pela comissão de trabalhadores dos Correios, numa frente sindical muito ampla. Para o início da tarde está convocada uma manifestação, com início no Marquês de Pombal, em Lisboa.

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