De acordo com o ECO, o próprio presidente executivo Francisco Lacerda terá enviado uma carta aos trabalhadores da empresa, a que se juntou uma comunicação interna de um dos administradores dirigida aos trabalhadores do atendimento – cuja adesão à greve poderá ser mais visível.
No documento, António Pedro Silva acusa as estruturas representativas dos trabalhadores de terem convocado o protesto animadas por motivações «políticas» e «ideológicas», que «nada têm a ver com as relações de trabalho na empresa». Ou seja, a administração dos Correios, a poucas horas do início da greve, está a tentar convencer os trabalhadores que os 800 despedimentos previstos no plano de reestruturação não têm nada a ver com relações laborais.
Apesar de a administração dos CTT falar de sustentabilidade e do futuro da empresa, pelo que o ECO publicou, não há uma palavra sobre as intenções de despedimento ou para os muitos trabalhadores com vínculos precários na empresa. O plano de reestruturação, divulgado no início do ano, implica o encerramento de 22 lojas e a saída de 800 trabalhadores.
A greve nacional foi convocada pelos sindicatos e pela comissão de trabalhadores dos Correios, numa frente sindical muito ampla. Para o início da tarde está convocada uma manifestação, com início no Marquês de Pombal, em Lisboa.
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