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Rendimento disponível mostra que há caminho por percorrer

Apesar da recuperação face ao período da troika, o rendimento disponível médio das famílias continuava abaixo do nível de 2011, segundo dados do INE divulgados esta segunda-feira, referentes a 2016.

Uma cliente numa peixaria, em Lisboa. 9 de Julho de 2012
CréditosRodrigo Baptista / Agência LUSA

A conclusão é do inquérito às condições de vida e rendimento de 2017, publicado esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística. O rendimento médio por agregado familiar, em 2016, ainda estava abaixo do nível registado antes do período da troika e do governo do PSD e do CDS-PP, tendo em conta a evolução da inflação.

No entanto, os dados mostram também uma subida de 2,4%, num ano em que se iniciou o rumo de reposição de rendimentos. Apesar de muitas das medidas terem sido iniciadas em 2016, a quase todas foi imposto um faseamento pelo Governo e por insistência do PS. Para além disso, iniciativas como o aumento extraordinário de pensões ou a progressiva reposição do abono de família, que não constam do Programa do Governo, foram conseguidas por proposta do PCP já no Orçamento do Estado para 2017.

O inquérito revela ainda uma redução da percentagem da população que vivia com sobrecarga de despesas em habitação  em 2017, passando para 9,3%, menos um ponto percentual que no ano anterior.

Ainda que esta redução seja mais acentuada nos 20% mais pobres, um quarto desta fatia da população continua a suportar custos com habitação que superam 40% do seu rendimento mensal. Uma realidade que apenas afecta menos de 2% dos 60% com maiores rendimentos.

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