A procura interna continua a dar um contributo decisivo para o crescimento da economia. Neste primeiro trimestre do ano, minimizou o agravamento do saldo externo e permitiu manter a taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB) acima dos 2%, face ao mesmo período de 2018, divulgou esta manhã o Instituto Nacional de Estatística.
Apesar de, percentualmente, o investimento ter crescido a um ritmo mais acelerado, a rúbrica que mais pesou para a subida de 2,5% na procura interna foi o consumo, particularmente das famílias.
Este período coincidiu com a subida do salário mínimo nacional para os 580 euros e com o descongelamento das progressões na carreira para os trabalhadores da Administração Pública. Apesar dos atrasos na sua concretização e da obstaculização por parte da tutela em alguns sectores, como nos professores, nas forças de segurança e nas forças armadas, e do seu faseamento imposto pelo governo do PS, esta representou uma melhoria nos rendimentos para alguns trabalhadores do sector público.
Também no salário mínimo, o ritmo de subida foi mais tímido do que pediam a CGTP-IN e o PCP, que colocaram a fasquia nos 600 euros para Janeiro passado, ao contrário do que acordaram o PS e o BE em 2015, que empurraram a chegada a esse patamar para 2019.
Até ao final deste ano ainda se farão sentir duas medidas com reflexo directo nos rendimentos das famílias: em Agosto, com o aumento extraordinário das pensões; em Setembro, com a segunda fase de aplicação do descongelamento das progressões.
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