TAP

Os sindicatos que representam os trabalhadores da TAP vão avançar com acções legais para travar o despedimento colectivo que a empresa está a levar a cabo, abrangendo casais e famílias monoparentais.

O Sitava considera que o despedimento colectivo de 124 trabalhadores da TAP «não se justifica», «é desumano» e garante que vai recorrer a todas as medidas que levem a empresa a reconsiderar.

Quase 50 tripulantes de cabine da TAP vão ser alvo de um processo de despedimento colectivo, após terem sido colocados em regime de lay-off, denunciou o SNPVAC.

Num processo inédito e acelerado, que não abrangeu todos os funcionários do grupo TAP, foi eleito, esta quinta-feira, um representante dos trabalhadores para o conselho de administração da empresa.

A comissão de trabalhadores garante que tudo fará para defender os postos de trabalho, após a TAP ter apresentado o pedido de insolvência da empresa. O PCP insiste na nacionalização e chama ministro ao Parlamento.

O Sitava exigiu conhecer os critérios que levaram a TAP a escolher a quem vão ser propostas medidas de adesão voluntária, como rescisões por mútuo acordo.

O Sitava considerou que a TAP está a ser alvo de uma «purga», após o anúncio de uma nova vaga de rescisões por mútuo acordo, reformas e pré-reformas.

A comissão de trabalhadores considera que a nacionalização é a «única hipótese» de salvaguardar os empregos e marcou nova manifestação para quarta-feira, frente à residência oficial do primeiro-ministro.

A empresa, que foi separada da TAP e posteriormente privatizada a 50,1%, informou os trabalhadores por e-mail que não iria pagar os salários de Fevereiro.

Conhecidos os vários pontos de acordo relativos à reestruturação da companhia aérea, o futuro da TAP continua a passar pela garantia dos direitos dos trabalhadores.

O Parlamento discute hoje o futuro da companhia aérea portuguesa, que vive uma crise sectorial, em consequência da pandemia.

Num período de grande incerteza para os trabalhadores, confrontados com despedimentos ou cortes salariais, o anúncio do aumento das remunerações de três administradores revela «falta de sensibilidade».

Com as decisões tomadas no Conselho de Ministros de 22 de Dezembro, o Governo «formaliza o ataque aos direitos dos trabalhadores do Grupo TAP», pelo que, afirma o PCP, «é urgente a luta».

O PCP defende medidas excepcionais que garantam à TAP o lugar de empresa estratégica nacional, rejeitando que seja a União Europeia a determinar qual deve ser o futuro da empresa.