Banco Central Europeu

O Banco Central Europeu manteve inalteráveis as taxas de juro, pela terceira vez consecutiva, uma decisão com impacto negativo na vida dos trabalhadores, das famílias e das pequenas e médias empresas.

Por iniciativa dos deputados do PCP, o Parlamento Europeu (PE) vai debater esta terça-feira, dia 3 de Outubro, os impactos do aumento das taxas de juro decidido pelo Banco Central Europeu (BCE).

Num momento conturbado para a União Europeia e para os trabalhadores, a presidente da Comissão Europeia, no discurso sobre o estado da União Europeia, insistiu em todos os elementos que degradam a vida das pessoas.

Os dados são da Eurostat que faz a avaliação da evolução dos salários mínimos na Europa. Portugal continua na cauda da Europa e este é o indicador de comparação que o Governo opta por não mencionar. 

O Banco Central Europeu (BCE) sobe as taxas de juro para o valor mais alto dos últimos 15 anos, tornando insuportável o pagamento da mensalidade ao banco para a esmagadora maioria das famílias. 

O Governo espanhol avançou para a tributação temporária da banca com uma taxa de 4,8% sobre a sua margem de juros e comissões. O BCE reagiu defendendo os interesses da banca, procurando condicionar um país soberano. 

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou um novo aumento da taxa de juro de referência, demonstrando que os interesses prosseguidos e defendidos pela União Europeia não são os dos seus povos.

Os vinte anos de circulação do euro vão estar em debate dia 24, em Lisboa, com a participação de um conjunto de personalidades nacionais e estrangeiras, nomeadamente economistas e deputados europeus.

O problema da independência do Banco de Portugal vai para além de quem o lidera. Um Portugal submisso ao BCE é um obstáculo intransponível à recuperação de uma parcela essencial da nossa soberania.

O processo mediatizado em torno das «novas» caras para a direcção das instituições da UE confirmam um amplo consenso para a prossecução das políticas que têm prejudicado as populações dos estados-membros.

O Banco Central Europeu, no seu relatório sobre a reforma da supervisão bancária proposta pelo Governo, apresentou críticas mas reconhece «total alinhamento» com o quadro da União Europeia.

O BCE lucrou 7,9 mil milhões de euros com dívida soberana portuguesa até ao fim de 2018, valor ao qual irá somar ainda 5,3 mil milhões. Para a Alemanha e a França irão 3,51 mil milhões.

Para o Banco Central Europeu só há dois caminhos: cortar nas pensões ou aumentar a idade da reforma, e diz preferir a segunda. A diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social é a alternativa, com uma proposta já apresentada pelo PCP.

Os governos da União Europeia escolheram um especialista na especulação financeira e na fuga à regulação para vice-presidente do Banco Central Europeu: o ministro espanhol Luis de Guindos.