Foi hoje divulgado um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE) e do elenco e equipa técnica da série Ministério do Tempo, onde informam que os salários dos trabalhadores continuam em atraso, «sem garantias de pagamento».
O documento informa que o sindicato reuniu com a produtora Just Up, no passado dia 7 de Julho, onde esta transmitiu que poderia «ter uma solução que lhe permitiria saldar as dívidas» a 14 de Julho, facto que não se verificou até agora, apesar das tentativas de contacto da estrutura sindical.
O sindicato e os trabalhadores afirmam ainda que «a cada dia surgem informações que nos demonstram que este era um cenário já diagnosticado pela Just Up que, ainda assim, decidiu continuar uma produção que não teria reunidas todas as condições para terminar a produção cumprindo integralmente as suas obrigações».
Lembrando que «têm sido vários os espectadores que, demonstrando a sua solidariedade para com os trabalhadores, se mostram preocupados por uma série do canal público de televisão ser interrompida», no comunicado é reiterado o apelo à RTP «para que ajude a esclarecer o que correu tão mal com esta produção».
O CENA-STE e os trabalhadores do Ministério do Tempo afirmam que «tomarão agora as acções que considerem necessárias para fazer valer os direitos em questão», alertando todos os profissionais do sector «para que não aceitem situações similares noutras produções».
São cerca de 60 trabalhadores (actores e equipa técnica da série televisiva O Ministério do Tempo) que têm os salários em atraso, tendo por isso decidido interromper a produção quando ainda faltavam gravar seis episódios para completar a segunda temporada.
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