Na carta enviada dia 12 a todas as candidaturas que concorrem à Câmara Municipal de Lisboa (CML), o Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE) afirma que a «AMEC, associação na qual se insere a Orquestra Metropolitana de Lisboa, se encontra desde 2012 em graves dificuldades financeiras, acumulando diversas dívidas resultantes de recrimináveis decisões de gestão por parte das anteriores direcções».
Além das «dívidas a maestros, solistas e reforços contratados, foi criada uma dívida às Finanças e à Segurança Social que colocou a associação em risco de encerramento», indica a estrutura sindical, acrescentando que, «para evitar este cenário e num ambiente de grande pressão, os trabalhadores se viram forçados a aceitar em 2012 um corte salarial de 20%», que se iria manter durante dois anos.
De então para cá, «foram sendo feitas reposições salariais», mas, cinco anos volvidos, os trabalhadores continuam sem garantias de que o seu salário seja reposto na íntegra, em 2018, de acordo com os valores anteriores ao corte.
De acordo com o CENA-STE, o problema «prende-se não apenas com as dívidas existentes – que comprometem o normal funcionamento da instituição –, mas também com a sub-orçamentação permanente, que nunca permite a criação de condições de trabalho dignas».
É neste contexto, considerando a AMEC como «uma instituição de excelência» com um «papel fundamental no panorama cultural do País», e tendo em conta que a CML detém a presidência do seu Conselho de Fundadores, que o CENA-STE se dirige a todas candidaturas, questionando-as sobre as medidas e os planos que têm para fazer frente aos problemas da instituição, de forma a garantir aos trabalhadores «as condições necessárias para o desempenho da sua profissão com dignidade».
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