Cerca de 50 estafetas da empresa Glovo concentraram-se, sexta-feira passada, na Praça do Comércio (Lisboa), em protesto contra os salários em atraso, pagos quinzenalmente.
Estes trabalhadores reivindicam a actualização do vencimento por serviço e apontam que, desde o encerramento do escritório em Lisboa, o contacto com a empresa, por e-mail, tem sido fortemente condicionado, segundo informação a que o AbrilAbril teve acesso.
A Glovo, empresa espanhola a operar em Portugal desde 2017, insere-se no sector da distribuição. Através de uma plataforma digital o cliente pode comprar, receber e enviar qualquer produto dentro da mesma cidade.
No entanto, para os trabalhadores que asseguram este serviço de estafeta, as condições de trabalho são marcadas pela precariedade.
A inexistência de vínculo laboral com a empresa e de seguro para acidentes de trabalho, a instabilidade do trabalho, cujo rendimento depende do número de entregas que realizem, e a baixa remuneração desse serviço, que obriga muitos a fazer horários superiores a dez horas, são apenas algumas das várias dificuldades sentidas pelos trabalhadores estafetas.
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