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Estafetas da Glovo protestam contra salários em atraso

A precariedade a que estão sujeitos estes trabalhadores, sem vínculo laboral à empresa e chegando a trabalhar mais de dez horas por dia, levou-os a organizar uma concentração de protesto.

Cerca de 50 estafetas da empresa Glovo concentraram-se na Praça do Comércio (Lisboa), a 7 de Fevereiro de 2020, em protesto contra os salários em atraso
Créditos / AbrilAbril

Cerca de 50 estafetas da empresa Glovo concentraram-se, sexta-feira passada, na Praça do Comércio (Lisboa), em protesto contra os salários em atraso, pagos quinzenalmente.

Estes trabalhadores reivindicam a actualização do vencimento por serviço e apontam que, desde o encerramento do escritório em Lisboa, o contacto com a empresa, por e-mail, tem sido fortemente condicionado, segundo informação a que o AbrilAbril teve acesso.

A Glovo, empresa espanhola a operar em Portugal desde 2017, insere-se no sector da distribuição. Através de uma plataforma digital o cliente pode comprar, receber e enviar qualquer produto dentro da mesma cidade.

No entanto, para os trabalhadores que asseguram este serviço de estafeta, as condições de trabalho são marcadas pela precariedade.

A inexistência de vínculo laboral com a empresa e de seguro para acidentes de trabalho, a instabilidade do trabalho, cujo rendimento depende do número de entregas que realizem, e a baixa remuneração desse serviço, que obriga muitos a fazer horários superiores a dez horas, são apenas algumas das várias dificuldades sentidas pelos trabalhadores estafetas.

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