Depois de ter respondido à proposta sindical para 2020, a Associação Nacional dos Industriais de Papel e Cartão (ANIPC) afirma agora que só negoceia a actualização dos salários para vigorar em 2021.
A associação patronal desculpa-se com a actual situação epidémica, mas para a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN) esse argumento é «inaceitável».
Num comunicado aos trabalhadores, a Fiequimetal salienta que as empresas do papel e cartão não interromperam a sua actividade, tendo inclusivamente aumentado a procura dos produtos de muitas delas, como é o caso do papel tissue.
A federação não aceita que sejam os trabalhadores, mais uma vez, os principais prejudicados. Ao contrário do pretendido pela associação patronal, a estrutura sindical afirma que é necessário valorizar os salários, «para não enfraquecer mais o já deficiente poder de compra dos trabalhadores». Por outro lado, defende que aumentar os salários contribui para a recuperação da economia.
Para alterar a decisão da ANIPC, a Fiequimetal refere que «não resta alternativa que não seja a luta» nos locais de trabalho, pelo aumento dos salários, mas também pelos direitos e por condições de saúde e segurança.
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