A recuperação do poder de compra perdido e a valorização dos salários (na sua grande maioria abaixo do salário médio nacional, 1463 euros) «são os principais objectivos da proposta reivindicativa aprovada pelos trabalhadores», revela no seu portal a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN).
Em plenário realizado dia 12, os trabalhadores decidiram concretizar a greve desta quinta-feira, e confirmar as que haviam sido decididas, no final de Maio, para as semanas que se avizinham (20 e 27 de Junho e 4 e 11 de Julho), até que a administração vá ao encontro dos valores reivindicados.
O primeiro dia de greve (de duas horas por turno) em seis semanas consecutivas teve lugar a 6 de Junho. No dia anterior, numa reunião com a comissão negociadora da Fiequimetal (SITE CSRA e SITE Sul), «a administração não deu o passo que faltava para chegar a acordo: mais 40 euros nos salários abaixo de 2000 euros», informa a federação sindical.
«Apesar da pressão e das várias manobras de desinformação, por parte da gestão, os trabalhadores deram uma resposta de unidade e de força nesse primeiro dia de greve, com uma grande participação», sublinha.
«Ficou a faltar o mais importante»
A 23 de Maio último, a administração comunicou que mantinha a sua posição (4,7% de aumento salarial anual), rejeitando as reivindicações de aumentos de 8%, ou mais 40 euros, nos salários abaixo de 2000 euros, e de retribuição do trabalho por turnos pela tabela 9B.
Entretanto, este último ponto já foi aceite pela administração, «mas ficou a faltar o mais importante», indica a Fiequimetal, cujos sindicatos lembram «os bons resultados» da empresa, nos últimos anos, e «os lucros extraordinários» alcançados em 2021 e 2022.
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