O Grande Prémio de Literatura Crónica e Dispersos Literários APE/Câmara Municipal de Loulé foi atribuído por unanimidade do júri, constituído por Cândido Oliveira Martins, Carlos Albino Guerreiro e Paula Mendes Coelho.
O júri justificou a escolha deste livro de Mário de Carvalho, O que eu ouvi na barrica das maçãs, editado pela Porto Editora, por estabelecer a «plena conjugação com a linha característica do género da crónica na tradição literária portuguesa», o que o fez destacar-se entre o «conjunto das obras apresentadas a concurso».
O prémio destina-se a galardoar anualmente uma obra em português, de autor português, publicada em livro e em primeira edição em Portugal. Em edições anteriores, este prémio já distinguiu os autores José Tolentino Mendonça, Rui Cardoso Martins, Mário Cláudio e Pedro Mexia.
O que eu ouvi na barrica das maçãs reúne algumas crónicas do escritor, escolhidas e agrupadas em quatro actos, que testemunham um largo campo de assuntos, abordagens, dimensões e estilos, através de eras e lugares.
O título é retirado de A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson, e servira já para titular a rubrica quinzenal de crónicas do escritor, no jornal Público, uma das fontes de alguns dos textos que compõem o livro.
Sobre as crónicas incluídas nesta obra, o jornalista Francisco Belard, que assina o prefácio, realça que nelas coexistem «o erudito e o vernáculo com os plebeísmos, tal como os refúgios culturais não isolam [Mário de Carvalho] das conversas de táxi».
Nascido em Lisboa em 1944 e licenciado em Direito, Mário de Carvalho é um dos antifascistas que estiveram presos na cadeia política da Fortaleza de Peniche.
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