O ataque de sábado passado envolveu 13 veículos aéreos não tripulados (conhecidos pela designação inglesa «drone») e foi abortado pelas defesas da base aérea de Khmeimim, perto de Latakia, e da base naval de Tartus.
Num comentário publicado esta quarta-feira no periódico Estrela Vermelha, os militares russos afirmam que os drones foram lançados da aldeia de Muazzara, no Sudoeste da província de Idlib, classificada como «zona de segurança» ao abrigo dos acordos alcançados entre a Rússia, a Turquia e o Irão.
De acordo com o jornal do Ministério da Defesa, a área é controlada pela chamada «oposição moderada» apoiada pelo governo da Turquia, pelo que o Ministério russo apresentou uma queixa formal a Ancara sobre o caso, dirigindo missivas ao chefe do Estado-Maior General turco, general Hulusi Akar, e ao chefe dos serviços secretos, Hakan Fidan, informam a RT e o Muraselon.
As cartas «sublinham a necessidade de Ankara assumir os compromissos relativos ao cumprimento do cessar-fogo por parte das forças armadas sob seu controlo e ao estabelecimento de postos de observação na zona de segurança de Idlib, de modo a evitar ataques semelhantes com drones a quaisquer alvos», lê-se no periódico russo, citado pela RT.
O Ministério russo também publicou uma nova foto dos drones envolvidos no ataque de dia 6, sete dos quais foram destruídos pelo sistema Pantsir-S1 da defesa anti-aérea russa. Os outros seis foram interceptados e impedidos de atingir os alvos.
Nos últimos dias, os militares russos sublinharam que, pese embora a «aparência tosca» dos aparelhos, a preparação de um ataque desta natureza requeria conhecimentos especializados, que os «militantes» podem ter recebido de uma «terceira parte», de um país com alto potencial tecnológico.
O ataque de dia 6 foi o segundo a instalações militares russas na Síria em menos de uma semana. O primeiro, na véspera do novo ano, envolveu uma brigada infiltrada com morteiros na base aérea de Khmeimim, e provocou a morte a dois soldados russos.
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