Os ataques israelitas desta noite visaram 11 casas no Sul da Faixa de Gaza, e provocaram a morte a pelo menos 22 pessoas, incluindo oito crianças, revela a agência Wafa.
De acordo com as autoridades sanitárias palestinianas, o número de mortos desde o início da mais recente ofensiva israelita contra o enclave costeiro chega a 34 683 (sendo que há pelo menos mais dez mil mortes confirmadas, de pessoas desaparecidas debaixo dos escombros) e o número de feridos ultrapassa os 78 mil, sendo que a maioria das vítimas são mulheres e menores de idade.
Entretanto, as equipas de protecção civil continuam a não conseguir socorrer muitos dos feridos e resgatar os corpos espalhados nas estradas ou sob os escombros, refere a agência, uma vez que as forças de ocupação israelitas restringem a movimentação dessas equipas, bem como a das ambulâncias.
Ataque a Rafah seria «catastrófico»
Confrontadas com a ordem de evacuação dos palestinianos na região leste de Rafah, comunicada pelas forças israelitas antes de um ataque previsto em grande escala, várias organizações humanitárias e agências da ONU vieram a público reiterar os alertas para a «catástrofe», caso esse ataque se concretize.
Jonathan Fowler, representante da agência da ONU para os refugiados palestinianos (Unrwa), disse à Al Jazeera que a ordem de evacuação dada por Israel, antes de uma ofensiva no terreno, significa «mais sofrimento e morte».
«As consequências seriam devastadoras para a população em Rafah, que é seis vezes mais do que antes da guerra – e metade dos 1,4 milhões de pessoas são crianças», alertou, acrescentando que «a maior parte destas pessoas foram deslocadas muitas vezes».
«Os terrenos têm de ser limpos de munições por explodir antes de as pessoas poderem regressar a uma área e viver com segurança», disse, sublinhando que não há qualquer sítio seguro na Faixa de Gaza e que «os resultados de uma ofensiva seriam simplesmente catastróficos».
Ofensiva sobre Rafah «vai provocar atrocidades massivas»
Sobre o plano israelita de evacuação, que implica colocar dezenas de milhares de pessoas num pequeno enclave junto à costa, Samah Hadid, do Conselho Norueguês para os Refugiados, disse que é totalmente «inadequado».
Hadid afirmou que não há infra-estruturas básicas de apoio para a população deslocada que lá está, quanto mais para o grupo adicional de pessoas que querem lá colocar.
«Temos vindo a alertar que uma ofensiva militar em Rafah provocaria atrocidades massivas e inúmeras mortes de civis», disse, exortando o mundo e os aliados de Israel a «pôr fim a isto».
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