|Palestina

Protecção ocidental encoraja Israel a continuar «a matar e ocupar»

O AbrilAbril falou com Salim Nazzal, escritor e secretário do Fórum Cultural Palestino Europeu, refugiado na Noruega, e Nisreen Lubbad, resistente palestina, sobre a Nakba e o agravar da agressão israelita das últimas semanas.

Em Lisboa, Salim Nazzal e Nisreen Lubbad, acompanhados por Carlos Almeida, do MPPM, foram ouvidos pelo Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina (GPA-PP), na Assembleia da República, representados por Joana Mortágua, do BE, Bruno Dias, do PCP, e os deputados Tiago Brandão Rodrigues e Miguel Matos do PS. 
Créditos / MPPM

Salim Nazzal, escritor, dramaturgo e poeta palestino, secretário do Fórum Cultural Palestino Europeu, nasceu num campo de refugiados no Líbano. A família foi expulsa das suas casas em 1948, pelas forças de ocupação israelita. Nisreen Lubbad, refugiada palestinina residente em Madrid, activa na resistência palestina à ocupação israelita, nasceu, tal como Salim, num campo de refugiados.

São experiências transversais a sucessivas gerações de palestinianos, expulsos das suas casas: muitos milhões vivem, ainda, em campos de refugiados ou espalhados um pouco por todo o mundo. Em Gaza e na Cisjordânia, a estratégia de limpeza étnica continua a ser a mesma, centenas de pessoas são assassinadas anualmente, para dar lugar a novos colonatos.

«Os judeus sionistas tomaram a Palestina como se de um apartamento mobilado se tratasse».

O AbrilAbril conversou com Salim e Nisreen pouco antes do arranque de uma sessão de solidariedade com a Palestina, evocativa dos 75 anos da Nakba, organizada pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), na Casa do Alentejo, em Lisboa, que juntou várias dezenas de pessoas no dia 15 de Maio. 

A Nakba, catástrofe ou desastre em árabe, designa o êxodo palestino de 1948, após a criação do estado de Israel (cujo dia de independência se assinala a 14 de Maio), que se traduziu na expulsão de mais 750 000 palestinianos das suas casas e terras, na destruição de 500 vilas e aldeias palestinas, na morte de 15 mil homens, mulheres e crianças da Palestina.

Como explicou Salim, «não há apenas um Nakba: é uma política continuada». A continuada acção militar de Israel foi o nosso ponto de partida.

Com o assassinato de um jovem palestiniano de 22 anos [na manhã de dia 15 de Maio, quando gravámos a entrevista], o número total de palestinianos mortos pelas forças de ocupação israelitas desde o início do ano subiu para 152 (33 dos quais apenas nos últimos dias). Qual é a actual situação na Palestina?

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Forças israelitas matam jovem palestiniano em Nablus

No dia em que se cumprem 75 anos da Nakba, um palestiniano de 22 anos foi morto a tiro, esta segunda-feira, e outro ficou ferido durante um raide israelita num campo de refugiados em Nablus.

Raide das forças israelitas em Nablus 
Raide das forças israelitas em Nablus (imagem de arquivo) Créditos / Twitter

Testemunhas disseram à imprensa que um grande contingente de tropas israelitas invadiu esta manhã o campo de refugiados de Askar, nos arredores da cidade de Nablus, o que gerou grandes confrontos e trocas de disparos no campo e no Bairro de al-Masaken.

Ahmad Jibril, responsável do Crescente Vermelho Palestiniano na cidade, disse à agência Wafa que dois palestinianos foram atingidos a tiro, sendo que um deles tinha falecido e o outro se encontrava ferido, em estado grave.

Em comunicado, o Ministério palestiniano da Saúde identificou o falecido como Saleh Mohammad Sabra, de 22 anos.

A Wafa refere ainda que as forças israelitas cercaram e invadiram a casa da família de um palestiniano morto, Abdul-Fatah Kharousha, que em Fevereiro participou num ataque contra colonos, e tomaram medidas para a demolir.

Com a morte de Mohammad Sabra, na Cisjordânia ocupada, o número de palestinianos mortos em 2023 por tropas e colonos israelitas sobe para 152, incluindo 33 que faleceram durante os bombardeamentos recentes contra a Faixa de Gaza cercada.

Nakba, 75 anos de uma agressão que persiste

A 15 de Maio assinala-se a Nakba – a «catástrofe» –, que diz respeito à proclamação unilateral da independência de Israel, em 1948, e à campanha premeditada que acompanhou o processo de criação de Israel, em que as milícias sionistas destruíram centenas de aldeias, cometeram inúmeros massacres e expulsaram das suas casas cerca de 750 mil palestinianos.

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Na Palestina, «há uma obstinada bandeira que se recusa a ser retirada»

A Nakba, a mudança da Embaixada dos EUA para Jerusalém e a resistência do povo palestiniano face à ocupação e repressão israelitas marcaram o acto público que reuniu centenas de pessoas em Lisboa.

Centenas de pessoas juntaram-se em Lisboa em protesto contra a mudança da Embaixada dos EUA em Israel para Jerusalém e em solidariedade com o povo palestiniano
CréditosPedro Penilo

A brutal repressão dos militares israelitas sobre os milhares de palestinianos que se mobilizaram esta segunda-feira na Faixa de Gaza cercada, junto à vedação que separa o enclave de Israel, provocou mais de cinco dezenas de mortos e deixou feridos mais de 2700.

Isto foi motivo de conversa entre os presentes, ontem, no Largo de Camões, antes das intervenções, e questão a que nenhum dos intervenientes escapou, enquanto repudiava a inauguração da Embaixada norte-americana em Jerusalém.

Tiago Santos, a quem coube a apresentação dos intervenientes, saudou as mais de 50 organizações que se juntaram às quatro que promoveram o acto público no Largo de Camões, destacando o seu significado e o que representava a presença dos muitos que ali se juntaram.

«Aqui estamos para apoiar os protestos legítimos e vigorosos do povo palestiniano. Aqui estamos para denunciar a violenta e a criminosa repressão contra os que, na Palestina, estão neste momento a lutar pelos seus direitos e pela paz, contra a violenta repressão que, só hoje e de acordo com números de há momentos, já provocou 52 mortos e mais de 2000 feridos [números conhecidos na altura]. Aqui estamos para dizer bem alto "não à agressão" e "fim à ocupação"», clamou.

«Cobertura dos EUA à política sionista»

Seguiu-se a intervenção de Filipe Ferreira, em nome do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), que classificou o acto público como «imprescindível», na sequência do «provocatório reconhecimento, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de Jerusalém como capital de Israel» e de ter mudado para essa cidade a Embaixada do seu país.

Trata-se, em seu entender, de uma «clara afronta» e de uma «provocação», que visa «desestabilizar e incendiar ainda mais a situação na martirizada Palestina e em todo o Médio Oriente».

A transferência da Embaixada norte-americana para Jerusalém põe também em evidência a «cobertura desde sempre dada pelos EUA à política sionista de ilegal ocupação de territórios da Palestina por parte de Israel, incluindo a ocupação total da cidade de Jerusalém», afirmou, acrescentando que a cumplicidade dos EUA com Israel é responsável pela política de ocupação e repressão a que os palestinianos são submetidos.

Reafirmou a exigência às autoridades portuguesas para que reconheçam o Estado da Palestina. «Portugal deve estar do lado da paz e não da guerra; tem de estar do lado da liberdade e não da opressão; tem de estar do lado da soberania e não do colonialismo; tem de estar do lado da legalidade internacional e não do arbítrio e da violência», frisou.

«Há uma obstinada bandeira que se recusa a ser retirada»

Ana Souto, do Movimento Democrático de Mulheres (MDM), leu o poema «Quero contar ao Mundo», de uma poeta palestiniana, onde ficam plasmadas as «vivências diárias, difíceis» de um povo «sujeito a práticas de terror, a uma violenta ocupação e colonização por parte de Israel».

Falou das duras condições de vida na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, da pobreza que ali impera, «onde há condições sanitárias deficientes, onde o acesso à água, aos cuidados de saúde é quase inexistente». É uma «prisão de escombros a céu aberto, onde os ataques de Israel não param», afirmou, para denunciar que «tudo isto acontece com a protecção cúmplice dos Estados Unidos da América e a complacência e o silêncio da União Europeia».

Referindo-se à transferência da Embaixada norte-americana, a dirigente do MDM afirmou que «os EUA reconhecem Jerusalém como capital de Israel, apoiam de forma incondicional a ocupação ilegal que Israel fez de Jerusalém Oriental, encorajam e apoiam a violenta ocupação dos territórios palestinianos, as criminosas políticas de Israel que violam e desrespeitam o direito internacional e as resoluções da ONU».

No final da intervenção, aludiu ao poema que lera no início, para lá ir buscar os versos: «na Palestina há uma obstinada bandeira que se recusa a ser retirada e persiste uma esperança que não pode ser derrotada.»

«Do que estamos a falar é de genocídio, barbárie»

«Um dia, 52 mortos, 2420 feridos. Não nos falem duma guerra, que há guerras em que não se morre assim. Não nos falem em confrontos. Do que estamos a falar é de genocídio, barbárie.» Foi assim que Carlos Almeida, vice-presidente do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), deu início à sua intervenção.

Evocando a Nakba («catástrofe»), iniciada há 70 anos, que hoje se assinala e que persiste, Carlos Almeida disse: «Há 70 anos, a Palestina também estava a ferro e fogo. Até ao dia 15 de Maio de 1948, cerca de 400 mil pessoas já tinham sido expulsas das suas casas, expulsas das suas terras. Cerca de metade do total de refugiados palestinianos provocados pela Nakba já tinha sido lançada nos caminhos do exílio, da diáspora, da fuga perante o avanço da onda criminosa das milícias sionistas. Um caminho que foi pontuado por massacres» – e enumerou alguns deles.

O dirigente do MPPM explicou depois, com algum detalhe, episódios de saques a aldeias e vilas palestinianas, perpetrados em 1948 pelas milícias e brigadas sionistas do Exército israelita, cujos nomes listou e disse estarem «gravados a ferro e fogo na memória do povo palestiniano».

Lembrando as responsabilidades do imperialismo britânico – de quem «aprenderam bem a lição» –, afirmou que «esta campanha foi cuidadosamente planeada em nome de um objectivo: a limpeza étnica, a expulsão de toda a população palestiniana das terras, dos lugares onde sempre viveu».

Aludindo à falsidade do mito sionista da «terra sem povo», destacou: «Estes 70 anos são a história desta guerra de extermínio, são a história da resistência ao extermínio, ao genocídio, à barbárie, à aniquilação, à negação de que existe um povo e de que esse povo fala árabe e vive na Palestina há muitas gerações.»

Caracterizou Israel como «guarda avançada dos interesses do imperialismo e das potências ocidentais no Médio Oriente», salientando que as «suas guerras, que nos tentam vender como guerras defensivas, foram sempre guerras de agressão».

«É preciso denunciar a ocupação e a repressão israelitas, todos os dias; denunciar e condenar o cerco à Faixa de Gaza», disse, apontando esse território como «exemplo de resistência» e «lugar de todos os exílios».

Pese embora os «tempos sombrios que vivemos», destacou a presença de todos no Largo de Camões como «um acto de confiança no futuro» e lembrou que da «Palestina vem um exemplo heróico de um povo que resiste, com a sua vida, a sua luta, a sua determinação».

«Um povo impedido de desenvolver o seu país»

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, sublinhou a necessidade da «solidariedade com o povo palestiniano, que continua a ser massacrado por um país que é apoiado pelo imperialismo e que continua a pôr em causa direitos e liberdades».

Disse «não aceitar o que se está a passar na Palestina, que um povo seja refém no seu próprio país; um povo que é impedido de trabalhar, que é impedido de produzir, que é impedido de desenvolver o seu país».

Como consequências da violenta ofensiva de que os palestinianos são alvo, destacou dados referentes ao emprego: «dois em cada cinco jovens estão desempregados; 40% da população em Gaza não tem emprego; e há milhares e milhares de trabalhadores palestinianos que, trabalhando em Israel, recebem metade do que auferem os israelitas», denunciou.

Em nome da CGTP-IN, passou a mensagem de que o povo palestiniano não está sozinho, e declarou: «O que é cada mais revelevante e fica aos olhos de todo o mundo é como um povo que sofre há 70 anos não se resigna, acredita e continua a ter uma juventude que continua a impulsionar a resistência e a acreditar ter nas suas mãos os destinos do seu país, que continua a lutar.»

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Nos 70 anos da Nakba: «liberdade para a Palestina» e «paz no Médio Oriente»
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A propósito dessa limpeza étnica e das agressões israelitas que se seguiram, num contexto em que o povo palestiniano mantém a luta pelo direito à terra e à independência, o Gabinete Central de Estatísticas da Palestina publicou uma série de dados associados à «catástrofe».

De acordo com o organismo, o processo de ocupação e colonização israelita provocou o deslocamento forçado de 957 mil pessoas que viviam na Palestina histórica em 1948, em 1300 aldeias e vilas.

Durante a Nakba, a ocupação israelita confiscou terras e expulsou os seus habitantes, controlando 774 aldeias palestinianas e destruindo 531. As atrocidades cometidas pelas forças sionistas incluíram pelo menos 51 massacres, com um saldo superior 15 mil mortos.

De acordo com o Gabinete de Estatísticas, no final de 2022, havia 14 milhões de palestinianos espalhados pelo mundo, mais de metade dos quais vivem na Palestina histórica. O número de refugiados palestinianos chegou a 6,4 milhões (dados das Nações Unidas de Dezembro de 2020), sendo que cerca de dois milhões vivem em campos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, na Jordânia, na Síria e no Líbano.

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Pelo menos 25 mortos na agressão israelita a Gaza

De acordo com dados preliminares, o número de palestinianos mortos subiu para 25 e o de feridos para 70, na agressão militar de Israel contra a Faixa de Gaza iniciada há três dias.

Coluna de fumo após bombardeamentio israelita em Rafah, na Faixa de Gaza cercada, a 10 de Maio de 2023 
Créditos / Al Mayadeen

A aviação israelita atacou, esta quinta-feira, apartamentos a norte de Khan Yunis, provocando a morte de três pessoas, incluindo Ali Hassan Ghali, um comandante das Brigadas Al-Quds, a ala militar da Jihad Islâmica.

Trata-se do quarto comandante da Jihad Islâmica da Palestina a ser assassinado no espaço de 48 horas.

Entretanto, o movimento de resistência advertiu o governo de Telavive para as consequências destes bombardeamentos, que contaram com a luz de verde de Washington e contam com o apoio expresso de Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos EUA, que esta quinta-feira reafirmou o direito de Israel à «auto-defesa».

Neste contexto, a resistência palestiniana retomou esta madrugada o lançamento de rockets para os territórios ocupados por Israel, que activou o sistema Cúpula de Ferro para os tentar deter.

Segundo refere a Al Mayadeen, com base na imprensa israelita, na quarta-feira, cerca de 500 rockets foram lançados a partir da Faixa de Gaza em resposta à agressão israelita, no âmbito de uma operação denominada Vingança dos Livres.

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Aviação israelita bombardeia Gaza e mata 13 palestinianos

Israel bombardeou, esta madrugada, a Faixa de Gaza, provocando a morte de 13 palestinianos, incluindo quatro crianças e quatro mulheres. Os EUA foram previamente informados da agressão militar.

Destruição na Faixa de Gaza pelos bombardeamentos desta terça-feira 
Créditos / Wafa

Aviões e drones das forças militares de Telavive atacaram casas e edifícios residenciais na Faixa de Gaza, esta madrugada, no contexto de uma operação dirigida contra membros do movimento de resistência Jihad Islâmica.

Segundo revela o canal libanês Al Mayadeen (tal como outros meios de comunicação), foram mortas três figuras de relevo do movimento: Jihad Ghannam, Khaled al-Bahitini e Tariq Izz al-Din.

A operação já estava a ser preparada há algum tempo e Israel escolheu o momento, refere a mesma fonte, precisando que a agressão foi aprovada no fim-de-semana passado e que o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita falou sobre ela ao Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

O Ministério palestiniano da Saúde confirmou a morte de 13 pessoas – entre as quais se encontram quatro crianças e quatro mulheres – e a existência de 20 feridos, alguns dos quais em estado grave.

Edifício residencial bombardeado na Faixa de Gaza / Al Mayadeen

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu-se a este «crime horrendo» como um «prolongamento da guerra aberta da ocupação contra o povo e os seus justos e legítimos direitos nacionais».

A declaração, divulgada pela Wafa, responsabiliza «total e directamente» o governo de Benjamin Netanyahu por esta agressão e as suas consequências, classificando-a como «uma escalada perigosa que ameaça uma explosão geral».

Insistiu, além disso, no pedido de ajuda à «comunidade internacional», para que intervenha com urgência e «pare o ataque ao povo palestiniano».

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Essa mesma imprensa refere que a estrutura militar e de segurança da ocupação está a preparar-se para uma ampla resposta da resistência, na sequência do assassinato de vários dirigentes da Jihad Islâmica.

Fontes de uma sala conjunta de operações das várias facções palestinianas revelaram ao canal libanês que existe consenso no seio da resistência quanto a uma posição de compromisso para travar os «crimes israelitas».

Também deram conta de «pressões da parte da ocupação, por via de vários mediadores, para se chegar a um cessar-fogo», mas sublinhando que «a resistência permanece firme na sua exigência de um claro compromisso [israelita] para acabar com a política de assassinatos».

Agressão condenada pela Liga Árabe

Ontem, o Conselho da Liga Árabe, reunido no Cairo, expressou solidariedade total ao povo palestiniano e apoio à sua firmeza frente à agressão contínua israelita, sublinhando o seu legítimo direito à defesa neste contexto.

Numa declaração divulgada pela Wafa, o Conselho condenou a agressão generalizada ao povo palestiniano na Faixa de Gaza cercada, na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas, solicitando protecção para o povo palestiniano.

Pediu ainda ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que assuma as suas responsabilidades na manutenção da paz e da segurança internacionais, e que exerça a pressão necessária sobre Israel, a potência ocupante.

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Desde 1948, o número de palestinianos mortos pelas forças de ocupação é superior a 100 mil, estima o organismo, afirmando que o ano mais sangrento foi o de 2014, com 2240 mortos.

Referindo-se a múltiplos aspectos da vida dos palestinianos nestas sete décadas de ocupação, o documento destaca questões como a situação dos presos nas cadeias israelitas (4900 em Abril de 2023); a política expansionista dos colonatos (em 2021, havia mais de 719 mil colonos na Cisjordânia); o elevado número de ataques e agressões perpetrados pelos colonos à população palestiniana (8724 registados em 2022); o confisco de terras e o processo de judaização intensiva de Jerusalém, a demolição de casas e outros edifícios propriedades de palestinianos (9353 desde 2009, segundo a ONU).

Solidariedade com a Palestina na Casa do Alentejo, em Lisboa

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente promove, hoje, às 18h, na Casa do Alentejo, em Lisboa, uma Sessão de Solidariedade com a Palestina evocativa dos 75 anos da Nakba.

A sessão será presidida por Carlos Araújo Sequeira, presidente da Mesa da Assembleia Geral do MPPM, e contará com intervenções de Salim Nazzal, escritor, dramaturgo e poeta palestiniano; Nisreen Lubbad, refugiada e resistente palestiniana residente em Madrid; João Vasconcelos-Costa, investigador e ensaísta, e Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM.

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Salim – Matam quem eles querem. Fazem-no porque se sentem protegidos por todo o mundo. Porque se fossem condenados, ou se houvesse uma forte condenação de todo o mundo, seriam muito mais cuidadosos, mas eles sabem que estão protegidos e que os americanos estão sempre prontos a defendê-los. Isso encoraja-os a continuar a matar, a ocupar. 

A eleição do novo governo, com pessoas como Bezalel Smotrich [actual ministro das Finanças, de extrema-direita] e Itamar Ben-Gvir [ministro da Segurança Nacional, também de extrema-direita], extremistas que apelam à Nakba, à destruição dos palestinianos só veio agravar a situação. Um deles disse que queriam renovar a Nakba, a catástrofe de 1948.

Estas pessoas são extremistas e ninguém parece disposto a pará-las. Antes, Israel tinha de justificar as suas acções, inventar alguma questão moral, mas agora já nem disso precisa: podem matar e sabem que estão protegidos.

Nisreen – São assassinos. Eles, os israelitas, não querem nenhum palestiniano a viver na Palestina. As políticas de extermínio são o dia a dia, todos os dias, todos os dias mandam matar os palestinianos, e isso só tem vindo a piorar.

Estão a decorrer protestos sem precedentes em Israel, contra o governo israelita. Embora pouco, ou nada, mencionem os crimes cometidos por Israel contra os palestinianos. Qual é a vossa perspectiva sobre o novo mandato de Benjamim Netanyahu?

Nisreen – Não me podes perguntar a minha opinião sobre eles. Eles são ocupação, é isso que Israel é: ocupação militar.

Salim – Nós não precisamos de embelezar a ocupação exigindo 20 postos de controlo, em vez de diz, ou de que os reduzam para 10 pontos de controlo. É como quando alguém está numa prisão e se aumenta a quantidade de comida: continua sempre a ser uma prisão.

Tudo aquilo de que falamos quando nos referimos às agressões do Governo israelista são consequências da ocupação: os assassínios, a destruição de casas, etc. Independentemente do Governo no poder, o imperativo é acabar com a ocupação, acabar com este regime e deixar que o povo palestiniano decida o seu futuro.

Eles não podem decidir o futuro por nós, somos 14 milhões, eles não têm o direito de decidir o nosso futuro. O nosso futuro é a liberdade, não sermos escravos. Essa é a verdadeira, e grande, questão.

Houve um momento singular no último Festival Eurovisão da Canção, em que a representante polaca expressou o seu total compromisso com a Ucrânia e, na mesma frase, atribuiu a pontuação máxima a Israel, que bombardeava, nesse mesmo momento, a Palestina. Como se sentem os palestinianos face à disparidade de tratamento no ocidente?

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Pelo menos 25 mortos na agressão israelita a Gaza

De acordo com dados preliminares, o número de palestinianos mortos subiu para 25 e o de feridos para 70, na agressão militar de Israel contra a Faixa de Gaza iniciada há três dias.

Coluna de fumo após bombardeamentio israelita em Rafah, na Faixa de Gaza cercada, a 10 de Maio de 2023 
Créditos / Al Mayadeen

A aviação israelita atacou, esta quinta-feira, apartamentos a norte de Khan Yunis, provocando a morte de três pessoas, incluindo Ali Hassan Ghali, um comandante das Brigadas Al-Quds, a ala militar da Jihad Islâmica.

Trata-se do quarto comandante da Jihad Islâmica da Palestina a ser assassinado no espaço de 48 horas.

Entretanto, o movimento de resistência advertiu o governo de Telavive para as consequências destes bombardeamentos, que contaram com a luz de verde de Washington e contam com o apoio expresso de Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos EUA, que esta quinta-feira reafirmou o direito de Israel à «auto-defesa».

Neste contexto, a resistência palestiniana retomou esta madrugada o lançamento de rockets para os territórios ocupados por Israel, que activou o sistema Cúpula de Ferro para os tentar deter.

Segundo refere a Al Mayadeen, com base na imprensa israelita, na quarta-feira, cerca de 500 rockets foram lançados a partir da Faixa de Gaza em resposta à agressão israelita, no âmbito de uma operação denominada Vingança dos Livres.

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Aviação israelita bombardeia Gaza e mata 13 palestinianos

Israel bombardeou, esta madrugada, a Faixa de Gaza, provocando a morte de 13 palestinianos, incluindo quatro crianças e quatro mulheres. Os EUA foram previamente informados da agressão militar.

Destruição na Faixa de Gaza pelos bombardeamentos desta terça-feira 
Créditos / Wafa

Aviões e drones das forças militares de Telavive atacaram casas e edifícios residenciais na Faixa de Gaza, esta madrugada, no contexto de uma operação dirigida contra membros do movimento de resistência Jihad Islâmica.

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A operação já estava a ser preparada há algum tempo e Israel escolheu o momento, refere a mesma fonte, precisando que a agressão foi aprovada no fim-de-semana passado e que o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita falou sobre ela ao Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

O Ministério palestiniano da Saúde confirmou a morte de 13 pessoas – entre as quais se encontram quatro crianças e quatro mulheres – e a existência de 20 feridos, alguns dos quais em estado grave.

Edifício residencial bombardeado na Faixa de Gaza / Al Mayadeen

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu-se a este «crime horrendo» como um «prolongamento da guerra aberta da ocupação contra o povo e os seus justos e legítimos direitos nacionais».

A declaração, divulgada pela Wafa, responsabiliza «total e directamente» o governo de Benjamin Netanyahu por esta agressão e as suas consequências, classificando-a como «uma escalada perigosa que ameaça uma explosão geral».

Insistiu, além disso, no pedido de ajuda à «comunidade internacional», para que intervenha com urgência e «pare o ataque ao povo palestiniano».

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Também deram conta de «pressões da parte da ocupação, por via de vários mediadores, para se chegar a um cessar-fogo», mas sublinhando que «a resistência permanece firme na sua exigência de um claro compromisso [israelita] para acabar com a política de assassinatos».

Agressão condenada pela Liga Árabe

Ontem, o Conselho da Liga Árabe, reunido no Cairo, expressou solidariedade total ao povo palestiniano e apoio à sua firmeza frente à agressão contínua israelita, sublinhando o seu legítimo direito à defesa neste contexto.

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Pediu ainda ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que assuma as suas responsabilidades na manutenção da paz e da segurança internacionais, e que exerça a pressão necessária sobre Israel, a potência ocupante.

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Salim – O mundo ocidental é, numa palavra, hipócrita. Têm uma tendência para a dupla moralidade. Tal como acabaste de dizer: quando é na Ucrânia, são combatentes pela liberdade, mas os palestinianos são sempre terroristas. 

Trata-se de uma dupla moral. Não há volta a dar, a ocupação é a ocupação: é contra os direitos humanos, é contra todas as resoluções das Nações Unidas. Temos mais de 36 resoluções, aprovadas nas Nações Unidas, a nosso favor, assinadas também pela Europa, e eles nem sequer respeitam a sua própria assinatura. 

Nós dizemos-lhes para respeitarem o que assinaram, aquilo que todos nós, em conjunto, acordámos, mas, claro, eles acabam sempre por fazer o contrário: são hipócritas que apoiam a ocupação e o apartheid, contra todas as leis, quer sejam leis nacionais ou internacionais.

Nisreen – A ocupação israelita quer fazer parte da Europa e é por isso que estão a entrar por todas as portas que lhes permitam afirmar-se como tal. Mas isso não pode ser, não se pode ser apagar a realidade: a Palestina é a Palestina, nem hoje, nem amanhã, será Israel, por mais que participem em festivais ou torneios de futebol...

Von der Leyen fez umas declarações no dia da declaração de independência israelita (14 de Maio) nas quais afirmava que a União Europeia celebra os «75 anos da democracia mais vibrante do Médio Oriente»...

Salim – Ouvi o porta-voz da União Europeia a falar em «fazer florescer o deserto». Os judeus sionistas tomaram a Palestina como se de um apartamento mobilado se tratasse. Comemorar o quê, afinal? A destruição de cidades inteiras? O Nakba não é apenas uma coisa que aconteceu num passado distante, esquecida num museu... é algo contínuo, que acontece todos os dias: esta é a estratégia do sionismo. Eles querem uma Palestina sem pessoas.

Mesmo na África do Sul, aliás, durante o Apartheid, eles queriam ter controlo sobre o povo e a terra, mas os judeus sionistas só querem mesmo a nossa terra, sem que nós lá estejamos, o que se reflecte nas suas estratégias e políticas.

Perante tanta luta, tantos ataques, tanta brutalidade indiscriminada, porque é que é importante continuar a falar da Nakba hoje, 75 anos depois?

Salim – Não há apenas um Nakba: é uma política continuada. Uma estratégia. Desde o primeiro dia, eles não quiseram que lá ficassemos, sempre nos quiseram substituir. Na África do Sul, mantiveram as pessoas porque queriam dar-lhes uso. No nosso caso, 70% foi expulsa do país.

Nada mudou. Não mudou uma única coisa. A situação está a piorar ainda mais, nomeadamente com este governo. É por isso que eles nunca aceitaram os nossos direitos enquanto povo. Nunca. Mesmo no Acordo de Oslo, recusaram-se a reconhecer o povo palestiniano e o seu direito à autodeterminação. É por isso que estão a encher o nosso país de colonatos.

Onde é que alguma vez poderemos construir um Estado livre, quando temos mais de 700 000 colonos na Cisjordânia, na Palestina? Quando Gaza e a Cisjordânia são apenas 22% do território da nossa pátria (abdicámos de 78% em Oslo)? Nem isso é suficiente para Israel. 

É esta a mentalidade com que nos confrontamos. Não há um único acordo que eles respeitem, armam-se em deuses.  Temos de lutar para mudar a realidade, é o único caminho que resta aos palestinianos.

E como é que os palestinianos conseguem ultrapassar estas adversidades?

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Ministro israelita das Finanças defende a «aniquilação» de terra palestiniana

Dias depois de colonos extremistas terem invadido e atacado Huwara, Bezalel Smotrich afirmou que Israel deve «aniquilar» a localidade palestiniana no Norte da Cisjordânia ocupada.

Vista aérea de uma zona destruída pelos colonos israelitas em Huwara, perto de Nablus, no domingo à noite  
Créditos / PressTV

«Penso que Huwara precisa de ser destruída», disse o ministro israelita das Finanças, Bezalel Smotrich, esta quarta-feira, defendendo que «o Estado devia fazê-lo e não cidadãos privados», refere a PressTV com base na imprensa israelita.

As declarações do ministro de extrema-direita do governo de Benjamin Netanyahu seguem-se ao ataque perpetrado contra a localidade palestiniana, no domingo à noite, por centenas de colonos armados.

Tratou-se da «resposta» à morte de dois israelitas de um colonato ilegal, executados por um atacante palestiniano de Huwara. Este ataque, por sua vez, seguiu-se ao massacre de Nablus, em que as forças de ocupação israelitas mataram 11 palestinianos e feriram mais de cem.

No domingo à noite, os colonos queimaram pelo menos 150 carros, 52 casas e várias lojas. Uma pessoa foi morta e o número de feridos palestinianos é superior a 390, indica a agência Wafa.

Grupos israelitas de defesa dos direitos humanos como Peace Now e B’Tselem referiram-se ao ataque dos colonos como um «pogrom» apoiado pelas autoridades de ocupação.

Por seu lado, o Crescente Vermelho palestiniano acusou as forças israelitas de impedirem as ambulâncias e os paramédicos de acederem ao local do ataque, a poucos quilómetros de Nablus.

No Knesset, a extrema-direita israelita considerou os ataques a Huwara «legítimos».

OLP classifica Smotrich como «terrorista racista» e AP pede ajuda internacional

Hussein al-Sheikh, da Comissão Executiva da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), afirmou, no Twitter, que as afirmações de Smotrich para apagar Huwara do mapa são o apelo de um «racista terrorista».

Também o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana (AP), Mohammad Shtayyeh, se referiu às afirmações do ministro israelita como «terroristas» e «racistas», e alertou para o facto de que «fazem prever uma escalada séria» contra o povo palestiniano nos territórios ocupados.

Um homem no meio de carros incendiados em Huwara / Al Mayadeen

Neste sentido, pediu às Nações Unidas, à União Europeia e demais organizações internacionais que condenem as declarações de Smotrich. Antes, já tinha pedido ajuda internacional «contra os crimes de Israel».

Parlamento Árabe condena violência dos colonos

O Parlamento (da Liga) Árabe, com sede no Cairo, condenou esta quarta-feira os ataques executados por colonos israelitas contra o povo palestiniano na Cisjordânia ocupada, referindo-se em especial ao assalto à localidade de Huwara.

Perante os ataques terroristas sistemáticos dos colonos contra cidadãos indefesos, com armas de fogo, incêndios de casas e viaturas, expulsão de agricultores, assassinatos e outros crimes, exortou o mundo e em especial o Conselho de Segurança da ONU a adoptar medidas para proteger o povo palestiniano.

Antes, a Liga Árabe já tinha proposto que as milícias de colonos passem a ser incluídas na lista de grupos terroristas.

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Nisreen – Nunca desistiremos da nossa luta, vamos lutar até que a Palestina seja livre. Não existe ocupação que dure para sempre, mesmo que aguente 400, 800 anos, sem que nada mude, vamos sempre continuar a lutar.

Voltarei à minha aldeia, com os meus filhos, tenho a certeza de que será em breve. Todos nós mantemos a memória da Nakba, tanto a minha geração como as gerações mais novas. Somos refugiados e vamos voltar para a Palestina.

Uma criança de 3 anos vai dizer que é originário desta ou daquela aldeia na Palestina, embora viva, mesmo que sempre tenha vivido num campo de refugiados. Os palestinianos que vivem no Líbano, na Síria, em qualquer parte do mundo, não se esquecem nunca que são palestinianos e que vão voltar, mais cedo ou mais tarde. É certo.

Salim – Ben Gurion (primeiro primeiro-ministro de Israel) disse: «Os velhos vão morrer e os novos vão esquecer». Não é verdade. Os mais novos não se esquecem da sua casa, a Palestina, e continuam a lutar por ela. Não a podemos esquecer, construímos, nesta terra, a nossa cultura, ao longo de milhares de anos, como é que a poderíamos esquecer?

Como olham para os recentes desenvolvimentos no Médio Oriente: a normalização das relações entre países como a Síria, o Irão e a Arábia Saudita ou o cessar-fogo no Iémen?

Salim –Parece-me uma evolução muito positiva. O acordo entre o Irão e a Arábia Saudita permitiu reduzir a tensão na região, o que é, objectivamente, do interesse dos palestinianos. É também por isso que Israel não está satisfeita com o acordo: toda a política israelita se baseia em fomentar a divisão em toda a região do Médio Oriente.

Não ficaram, com certeza, satisfeitos ao ver que estes povos se estão a reaproximar.

Nisreen – Estamos de acordo com a normalização de relações entre países como a Arábia Saudita, o Irão, a Síria, etc... Se não houver ocupação israelita, acho que toda esta zona do mundo árabe será melhor.

Nos últimos anos, instituições e governos europeus têm tentado desqualificar activistas pró-palestinianos através de calúnias ou do cancelamento de concertos e exposições (o caso mais notório, e recente, foi o de Roger Waters). O que podem os activistas europeus fazer para ajudar?

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Governo de extrema-direita israelita proíbe bandeiras palestinianas em público

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Ben-Gvir, ordenou a retirada de todas as bandeiras palestinianas em público. São «terroristas», afirma, depois de, em 2022, Israel ter assassinado mais de 200 pessoas.

Palestinianos participam em manifestação para assinalar o 74.º aniversário do início da Nabka, ou catástrofe, em Ramallah, Cisjordânia, a 15 de Maio de 2022
CréditosALAA BADARNEH / EPA

É um passo ainda mais radical do que aquele que já vinha sendo exigido pelo partido de extrema-direita nacionalista e xenófoba, Otzma Yehudit, uma das bases de sustentação do novo Governo de coligação de Benjamin Netanyahu. Itamar Ben-Gvir, actual ministro da Segurança Nacional de Israel, lidera o partido.

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Manifestações na Palestina pela libertação dos corpos retidos por Israel

A prática punitiva de reter os corpos de palestinianos ou os enterrar em «cemitérios de números» tem sido denunciada reiteradamente. Esta terça-feira, centenas de pessoas manifestaram-se em Gaza e na Cisjordânia.

Palestinianos manifestam-se entre o campo de refugiados de al-Amari e o posto de controlo de Qalandia, perto de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, a 27 de Dezembro de 2022, para reclamar a devolução dos corpos de palestinianos retidos por Israel 
Créditos / Wafa

Na Cidade de Gaza, os manifestantes lembraram o caso recente do preso Nasser Abu Hmaid, que faleceu há uma semana, depois de lhe ter sido diagnosticado cancro em Agosto de 2021, e cujo corpo não foi entregue à família.

De forma simbólica, refere a agência Ma’an, alguns dos participantes na mobilização desta terça-feira levaram um caixão com a imagem de Abu Hmaid desde o gabinete da Cruz Vermelha até aos escritórios das Nações Unidas no enclave palestiniano, exigindo à ONU que se envolva na questão da libertação dos «corpos dos mártires».

«Todas as mães têm direito a abraçar os seus filhos, a despedir-se deles e a enterrá-los», disse a mãe de Abu Hmaid, presente na manifestação, acrescentando que estava ali pelo corpo do filho e os de «todos os outros mártires, que sacrificaram a vida pela independência, para que possam ser enterrados na Palestina».

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835 palestinianos em regime de detenção administrativa nas cadeias israelitas

O número foi destacado pela Sociedade dos Presos Palestinianos (SPP) em conferência de imprensa. A maior parte encontra-se nos centros de detenção de Ofer e de Naqab (Neguev).

Acção de solidariedade com os presos palestinianos, a 5 de Dezembro de 2022 
CréditosAli Jadallah / Anadolu

O regime de detenção administrativa, que tem merecido ampla condenação internacional – até do Departamento de Estado norte-americano e da Amnistia Internacional –, permite a Israel manter nas suas prisões, sem acusação ou julgamento, presos palestinianos por tempo indefinido, na medida em que o período de detenção, até seis meses, é infinitamente renovável.

Em relatórios anteriores, a SPP lembrou que esta política visa «esmagar os activistas políticos palestinianos» e se baseia num ficheiro secreto não acessível aos presos – nem sequer aos seus advogados.

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«Ou nos submetemos ou nos revoltamos»: 30 presos palestinianos continuam em luta

Os prisioneiros iniciaram uma greve de fome, há uma semana, para exigir a sua libertação e denunciar um regime de detenção que permite mantê-los na cadeia sem acusação ou julgamento.

Imagem de um comício da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), força de esquerda hoje considerada «terrorista» por Israel e cujos militantes são perseguidos
Imagem de um comício da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) Créditos / pflp.pl

O protesto dos trinta presos palestinianos, membros e simpatizantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), completou uma semana sem solução aparente à vista, tendo em conta a inflexibilidade das autoridades de Telavive.

Em comunicado, a Sociedade dos Presos Palestinianos (SPP) anunciou que os serviços prisionais israelitas têm estado a ameaçar com castigos os reclusos que lutam contra o regime de detenção administrativa. Entre as punições, contam-se privá-los de visitas, retirar-lhes os seus pertences e isolá-los em celas de castigo.

Nesta primeira semana de protesto, os serviços prisionais israelitas colocaram 28 dos grevistas em quatro celas de isolamento na prisão de Ofer, informa a Wafa com base no documento divulgado pelo SPP.

Um outro, o advogado Salah Hammouri, foi metido na solitária numa cadeia no Norte de Israel, enquanto Ghassan Zawahreh foi levado para uma cela de isolamento numa prisão localizada no Deserto do Neguev (al-Naqab).

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Trinta presos palestinianos em protesto contra a detenção administrativa

Os prisioneiros, em cadeias israelitas, iniciaram uma greve de fome por tempo indeterminado contra um regime que permite mantê-los detidos sem acusação ou julgamento, por períodos renováveis de seis meses.

Familiares de presos palestinianos em cadeias israelitas mostram cartazes numa concentração em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em Setembro de 2021 
Créditos / Al Jazeera

O início do protesto, este domingo, por parte de prisioneiros que são membros ou apoiantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), foi confirmado pela Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos.

Em declarações à agência Wafa, Hassan Abed Rabbo, porta-voz da comissão, disse que os presos decidiram avançar contra uma política que permite a Israel manter nas suas prisões, sem acusação ou julgamento, presos palestinianos por tempo indefinido, na medida em que o período de detenção, até seis meses, é infinitamente renovável.

Numa mensagem divulgada há alguns dias, os presos sublinharam que a luta contra o regime de detenção administrativa continua e denunciaram que as medidas tomadas pelas autoridades prisionais israelitas «já não se baseiam em obsessões de segurança, mas são actos de vingança devido ao seu passado».

Qadri Abu Baker, líder da Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos, disse à Wafa que, na próxima quinta-feira, mais 50 presos se devem juntar à greve de fome, para denunciar o regime de detenção administrativa a que são submetidos e a escalada por parte de Israel no que respeita a este procedimento.

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Israel decretou 1595 ordens de detenção administrativa contra palestinianos em 2021

O maior número de detenções administrativas – sem julgamento ou acusação – foi decretado em Maio, quando Israel lançou uma ofensiva de 11 dias contra a Faixa de Gaza.

Familiares e apoiantes de preso Hisham Abu Hawwash protestaram este domingo na localidade de Dura, a oeste de al-Khalil (Hebron), na Cisjordânia ocupada 
Créditos / PressTV

A Sociedade dos Presos Palestinianos (SPP) revelou, este domingo, que o número divulgado diz respeito tanto a novas ordens como à renovação de ordens já emitidas nos territórios ocupados, pelas autoridades israelitas.

No documento apresentado, o organismo lembra que política de detenção administrativa visa «esmagar os activistas políticos palestinianos» e se baseia num ficheiro secreto não acessível aos presos – nem sequer aos seus advogados –, que são mantidos na cadeia sem acusação ou julgamento, informa a WAFA.

O maior número de ordens de detenção administrativa foi emitido em Maio último, quando a Israel lançou uma ofensiva de 11 dias contra a Faixa de Gaza, explicou a organização de defesa dos presos, acrescentado que, ao longo do ano, 60 prisioneiros recorreram à greve de fome com o propósito de reconquistar a liberdade.

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Presos palestinianos continuam protesto contra a detenção administrativa

Uma comissão de apoio aos prisioneiros revelou que 13 palestinianos permaneciam em greve de fome nas cadeias, este domingo, contra o regime que permite mantê-los reclusos sem acusação ou julgamento.

Um grupos de palestinianos solidários com os seus compatriotas presos nas cadeias israelitas mostram-se numa prisão a fingir 
Créditos / WAFA

Num comunicado ontem emitido, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos informou que o prisioneiro Salem Ziadat, de 40 anos, é, dos 13 que continuavam o protesto, aquele que está em greve de fome há mais tempo, permanecendo em jejum há 28 dias contra a sua detenção administrativa, sem acusação ou julgamento, revelou a agência WAFA.

A Comissão informou ainda que o número de reclusos palestinianos em greve de fome até ontem era de 15, mas que Mohammad Khaled Abusill e Ahmad Abdulrahman Abusill tinham chegado a um acordo com o Serviço Prisional Israelita no que respeita à «limitação» da chamada detenção administrativa.

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Israel prendeu 5426 palestinianos na primeira metade do ano

Grupos de defesa dos presos apresentaram um relatório sobre o primeiro semestre de 2021. Nas cadeias israelitas, há actualmente 4850 palestinianos, 540 dos quais ao abrigo da «detenção administrativa».

Os palestinianos estão a ser detidos em aldeias e cidades dos territórios ocupados em 1948 por terem apoiado Gaza 
As forças israelitas prenderam mais palestinianos no primeiro semestre deste ano do que em todo o ano de 2020 Créditos / Middle East Monitor

Entre os palestinianos que se encontram nos cárceres de Israel, contam-se 43 mulheres e 225 menores, segundo o documento conjunto divulgado este fim-de-semana pela Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos, a Sociedade dos Presos Palestinianos, a Addameer e o Centro de Informação Wadi Hilweh.

Os organismos referidos precisaram que 12 presos são membros do Conselho Legislativo Palestiniano (Parlamento), 70 são provenientes dos territórios ocupados em 1948, 350 são originários de Jerusalém ocupada e 240 da Faixa de Gaza cercada.

O informe destaca a existência de 540 prisioneiros palestinianos em detenção administrativa, sem acusação formada ou julgamento, por períodos de seis meses indefinidamente renováveis.

Quase 5500 detidos em seis meses

No que respeita a detenções, os organismos de defesa dos presos revelaram que Israel prendeu 5426 palestinianos entre 1 de Janeiro e 30 de Junho deste ano – um número superior a todas as detenções efectuadas pelas forças israelitas em 2020 e registadas por estas organizações: 4636.

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Forças israelitas prenderam 230 menores palestinianos desde Janeiro

Por ocasião do Dia da Criança Palestiniana, que se assinala a 5 de Abril, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos revelou também que 140 menores permanecem em cadeias israelitas.

Um soldado israelita detém um rapaz palestiniano, juntamente com outros quatro, perto do posto avançado de Havot Maon, na Margem Ocidental ocupada, a 11 de Março de 2021 
Créditos / Anadolu

Os menores palestinianos, alguns dos quais crianças, continuam a ser alvo das forças militares israelitas, que os prendem, muitas vezes de forma violenta, nos territórios ocupados.

De acordo com um relatório publicado este domingo pela Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos, pelo menos 230 foram detidos desde o início do ano, a maioria dos quais em Jerusalém Oriental ocupada.

O grupo de defesa dos direitos dos presos sublinhou que «as crianças encarceradas são submetidas a vários tipos de abusos, incluindo «a recusa de comida e de bebida por longas horas, abuso verbal e a detenção em condições duras».

O informe veio a lume na véspera do Dia da Criança Palestiniana, que se assinala a 5 de Abril, com actividades culturais, educativas e mediáticas que, refere a PressTV, visam reforçar a consciência sobre o sofrimento dos menores palestinianos.

Detenção administrativa e maus-tratos

Também no âmbito do Dia da Criança Palestiniana, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos revelou que 140 menores permanecem em cadeias israelitas, incluindo dois que se encontram presos ao abrigo do regime de detenção administrativa.

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A «viagem ao inferno» dos jovens palestinianos detidos por Israel

Uma comissão da ONU reafirmou denúncias expostas em vários relatórios sobre detenções de menores palestinianos por Israel – quase sempre presos de noite, algemados e vendados. É o início da «viagem ao inferno».

Um jovem palestiniano é preso na Cisjordânia, na sequência dos protestos contra a decisão norte-americana sobre Jerusalém
Créditos / palestinalibre.org

A instância, composta por especialistas independentes das Nações Unidas, expressou particular preocupação pela expansão dos colonatos e o aumento da violência dos colonos israelitas, em que se incluem ataques a crianças e às suas escolas.

Segundo se pode ler no portal oficial de notícias da ONU, na semana passada diversas organizações informaram a comissão sobre as operações nocturnas levadas a efeito pelas forças israelitas com o propósito de deter crianças e adolescentes na Cisjordânia ocupada, com «graves consequências para o seu bem-estar e gozo dos seus direitos».

«Mais de 300 crianças estão detidas no sistema militar israelita. A maioria por delitos menores, como atirar pedras e publicações nas redes sociais», assinala a comissão, que denuncia o facto de os menores serem «levados para locais desconhecidos, presos em viaturas militares e sujeitos a ameaças e abusos verbais», bem como o facto de, por vezes, serem «obrigados a assinar confissões em hebraico, uma língua que não costumam entender».

Estas preocupações reafirmam as que têm sido veiculadas, ao longo do tempo, por várias entidades, nomeadamente a Comissão dos Prisioneiros Palestinianos, órgão dependente da Autoridade Palestiniana que, em diversas ocasiões (também este ano), alertou para o facto de os menores serem torturados e sofrerem abusos nos cárceres israelitas, bem como para o facto de serem espancados, insultados e pressionados no momento da detenção.

No final de Março, um relatório publicado pelo Ministério palestiniano da Informação denunciava também esta realidade, afirmando que «95% das crianças palestinianas presas pelas autoridades israelitas foram torturadas durante a detenção».

De acordo com o relatório, até 2015 foram documentadas anualmente 700 detenções de menores palestinianos. Já em 2017, Israel prendeu 1467 crianças e adolescentes; 1063 no ano seguinte e, nos dois primeiros dois meses deste ano, 118. Entre 2000 e 2018, foram presos mais de 16 mil menores.

Uma «viagem sem fim ao inferno»

Numa peça intitulada «“Endless Trip to Hell”: Israel Jails Hundreds of Palestinian Boys a Year. These Are Their Testimonies», publicada em Março e plenamente actual, o periódico israelita Haaretz aborda esta realidade, em que as crianças, algumas com idades inferiores a 13 anos, «são detidas pela calada da noite, vendadas e algemadas, alvo de abusos e constrangidas» a confessar «crimes» que não cometeram.

A peça, que reúne testemunhos de sete jovens da Margem Ocidental ocupada com idades compreendidas entre os dez e os 15 anos, revela as diversas fases do processo de detenção, que começa nas operações nocturnas e passa pelo interrogatório, a prisão, o julgamento e a proposta de um acordo.

Na sua maioria, os jovens são presos por, alegadamente, terem atirado pedras ou queimado pneus, mas, como sublinha a advogada Farah Bayadsi o objectivo das detenções «é mais para mostrar controlo do que para aplicar a lei».

A experiência traumática é fundamentada por tudo aquilo por que as crianças passam durante uma detenção. Arrancadas de casa quando dormem, são algemadas e vendadas, levadas em veículos militares para colonatos e bases israelitas, passando por todo um processo que envolve intimidação, ameaças, agressões físicas, afastamento da família e pressão para «confessar».


O nível de brutalidade varia. Khaled Mahmoud Selvi, preso quando tinha 15 anos, foi levado para a prisão e despido (o que, de acordo com o jornal, ocorre em 55% dos casos), tendo sido obrigado a permanecer dez minutos nu, em pé, durante o Inverno.

De acordo com os dados recolhidos pela organização não governamental (ONG) British-Palestinian Military Court Watch, 97% dos jovens palestinianos detidos pelas forças militares israelitas (IDF) vivem em pequenas localidades a menos de dois quilómetros de um colonato.

O advogado Gerard Horton, da ONG referida, afirma que a ideia é «assustar toda a aldeia» e que se trata de um «instrumento eficaz» para controlar uma comunidade. Acrescenta que, do ponto de vista dos ocupantes e opressores, a pressão «tem de ser constante»: «Cada geração tem de sentir a mão pesada das IDF.»

A experiência é traumática. O pai de Khaled Shtaiwi, preso com 13 anos em Novembro do ano passado, contou ao periódico que criou na sua aldeia o «dia da psicologia», porque o seu filho não é capaz de falar sobre o que se passou e porque quer ajudar todas as crianças que foram presas pelos israelitas.

Em Beit Ummar, Omar Ayyash foi preso com dez anos de idade, em Dezembro último. Agora, as crianças que brincam nas ruas da aldeia afastam-se assim que se apercebem da aproximação de soldados israelitas. Tornou-se um hábito desde que as tropas levaram Omar.

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Por seu lado, a organização Defense for Children International – Palestine (DCIP) destacou que todos os anos entre 500 e 700 menores palestinianos são processados em tribunais militares israelitas e que 85% das crianças palestinianas detidas em 2020 foram «submetidas a violência física».

Num comunicado, a DCIP afirma ter documentado 27 casos em que as crianças foram mantidas na solitária um ou dois dias, alegando as forças israelitas «objectivos de investigação». Esta prática é, segundo o organismo, uma forma de «tortura ou tratamento cruel, desumano e degradante».

Desde Outubro de 2015, a DCIP registou a 36 ordens de detenção administrativa decretadas contra menores palestinianos, dois dos quais se mantêm nesse regime.

Ainda de acordo com o organismo sediado em Genebra, em 2020, as forças israelitas mataram nove menores palestinianos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, e na Faixa de Gaza, seis dos quais com fogo real.

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O relatório divulgado este fim-de-semana informa que, entre os palestinianos detidos pelas forças israelitas, se incluem 854 menores e 107 mulheres, tendo sido emitidas na primeira metade do ano 680 ordens de detenção administrativa, incluindo 312 novas.

No mês de Junho foram presos 615 palestinianos, revela o texto, destacando que Maio foi de longe o mês em que se registou um maior número de detenções na primeira metade deste ano.

Então, mês de massacre contra Gaza e de múltiplas provocações sionistas no Complexo da Mesquita de al-Aqsa e em Jerusalém Oriental ocupada, as forças israelitas prenderam 3100 palestinianos, incluindo 2000 nos territórios ocupados em 1948 (actual Estado de Israel) e 677 em Jerusalém Oriental ocupada, informa a WAFA.

Vários presos em greve de fome contra a detenção administrativa

De acordo com a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos, há actualmente nove presos em greve de fome nos cárceres israelitas como forma de protesto contra o regime de detenção administrativa que lhes foi aplicado.

A Comissão pediu às instâncias internacionais e regionais de defesa dos direitos humanos que pressionem as autoridades israelitas no sentido de acabar com os maus-tratos aos presos em greve de fome, que passam também pela sua reclusão na solitária.

Os presos palestinianos recorrem com frequência a esta forma de luta contra um regime de detenção ilegal, cujo fim exigem.

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De acordo com os grupos de defesa dos direitos dos prisioneiros palestinianos, há actualmente quase 550 nos cárceres israelitas detidos ao abrigo deste regime, que tem merecido ampla condenação internacional e que permite a Israel manter nas suas prisões, sem acusação ou julgamento, presos palestinianos por tempo indefinido, na medida em que o período de detenção, até seis meses, é infinitamente renovável.

A detenção, que é decretada por um comandante militar, tem por base aquilo a que Israel chama «prova secreta» – e é tão «secreta» que nem o advogado do detido tem direito a vê-la.

Alguns prisioneiros palestinianos passaram mais de uma década nas cadeias israelitas ao abrigo deste regime de «detenção», que é considerado ilegal à luz do direito internacional.

Como forma de protesto contra as suas detenções ilegais e para exigir que Israel ponha fim a esta prática, os presos palestinianos recorrem com frequência a greves de fome por tempo indeterminado.

Apesar da pressão internacional e dos protestos dos prisioneiros, as autoridades israelitas não têm dado sinais de querer acabar com este regime. Pelo contrário, tanto a comissão referida como o Centro Palestiniano de Estudos sobre Prisioneiros têm dado conta de novas ordens de detenção administrativa e de múltiplas renovações.

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Na maior parte dos casos, estavam presos ao abrigo do regime de detenção administrativa, como Hisham Abu Hawwash, de 40 anos, habitante da localidade de Dura (Cisjordânia ocupada) que se mantém há 140 dias em greve de fome e está numa situação considerada muito crítica.

Nos últimos dias, as autoridades palestinianas alertaram para o estado de saúde crítico de Abu Hawwash, responsabilizaram Telavive por aquilo que lhe possa acontecer e pediram à comunidade internacional que pressione as autoridades israelitas para o libertarem.

Também a Cruz Vermelha se mostrou preocupada com o caso, sublinhando a necessidade de tratar os reclusos com humanidade e de encontrar uma solução que evite «consequências irreversíveis» para Hawwash.

De acordo com a SPP, este domingo cerca de 500 reclusos palestinianos presos em Israel ao abrigo do regime da detenção administrativa – criticado pela ONU – declararam o boicote aos tribunais israelitas, porque «sentem que os tribunais alinham sempre com o governo militar e as suas ordens, e não os tratam com imparcialidade».

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De acordo com a comissão, há actualmente mais de 760 presos nas cadeias israelitas sem acusação ou julgamento. A detenção, decretada por um comandante militar, tem por base aquilo a que Israel chama «prova secreta», que nem o advogado do detido tem direito a ver.

Cerca de 80% dos presos palestinianos neste regime são ex-presos que já passaram anos atrás das grades, revela a Wafa.

«Semearemos alegria, vida e esperança»

Em comunicado, emitido há dias, o Ramo Penitenciário da Frente Popular para a Libertação da Palestina afirmou que «estes 30 prisioneiros, juntos, passaram quase 200 anos em detenção administrativa. Duzentos anos de cativeiro sem acusação ou julgamento por capricho dos oficiais de inteligência da ocupação».

O texto, divulgado pela Samidoun (rede de solidariedade com os presos palestinianos), sublinha que se trata de uma «pena perpétua», uma vez que muitos presos são libertados durante alguns meses e são novamente detidos. «Temos um mês de liberdade por cada ano de detenção», afirmam.

Dizem que são «alimentados pela dignidade» e querem que as autoridades israelitas saibam que, mesmo que os torturem e lhes provoquem dor, «que a nossa luta continua, e que semearemos alegria, vida e esperança, e que nossa luta pela liberdade e pela humanidade livre de tormentos não vai parar».

Leila Khaled, membro do Comité Central da FPLP e símbolo da resistência palestiniana, anunciou uma greve de fome solidária com os presos, a quem saudou por estarem «na primeira linha do confronto a este inimigo criminoso fascista».

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De acordo com a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos, dos cerca de 4600 palestinianos actualmente presos nas cadeias israelitas, mais de 760 são reclusos sem acusação ou julgamento, cuja detenção pode ser infinitamente renovada por períodos até seis meses.

A detenção, decretada por um comandante militar, tem por base aquilo a que Israel chama «prova secreta», que nem o advogado do detido tem direito a ver.

Após o início da greve de fome, Basil Mizher, outro advogado palestiniano detido sem acusação ou julgamento, viu ser-lhe renovada a detenção administrativa por mais três meses, no passado dia 28.

Numa mensagem que Mizher escreveu no início do protesto, lida pela sua mãe numa acção solidária no campo de refugiados de Dheisheh, em Belém, o preso diz que a sua profissão é a de advogado, mas que mal se lembra dela, pois quase não a conseguiu exercer desde que se formou – foi submetido a três detenções administrativas desde que passou no exame.

Em vez de ir trabalhar, foi para a prisão, lê-se no texto divulgado pela pela Samidoun (rede de solidariedade com os presos palestinianos).

«Ou nos submetemos à opressão e à privação e aceitamos o roubo perpétuo da nossa liberdade e da nossa vida à vista do mundo, ou nos revoltamos contra a injustiça e derrubamos os muros do carcereiro com todas as ferramentas que temos», escreveu Basil Mizher a propósito da greve de fome, que é a «recusa da política de subordinação e domesticação».

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Alguns prisioneiros palestinianos passaram mais de uma década nas cadeias israelitas ao abrigo deste sistema, e é comum os presos recorrerem a greves de fome por tempo indeterminado como forma de chamar a atenção para os seus casos e fazer pressão junto das autoridades israelitas para que os libertem.

Agora, a SPP revelou também que, dos 835 palestinianos actualmente presos ao abrigo deste regime, 80 são mulheres, indica a agência Wafa.

Além disso, a organização não governamental (ONG) informou que, ao longo de 2022, as autoridades israelitas emitiram 2134 ordens de detenção administrativa, 242 das quais em Novembro (o ano passado foram 1595).

6500 palestinianos presos por Israel este ano, 490 dos quais em Novembro

Desde o início de 2022 até ao fim de Novembro, as forças israelitas prenderam 6500 palestinianos, revelou a SPP, citada pela agência turca Anadolu. Entre os detidos, contavam-se 153 mulheres e 811 menores de idade acrescentou.

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Israel prendeu 5300 palestinianos desde o início do ano

As forças de ocupação israelitas detiveram 5300 palestinianos desde o princípio deste ano, incluindo 111 mulheres e 620 menores de idade, revelou esta segunda-feira uma organização não governamental.

Forças israelitas levam homem palestiniano detido (imagem de arquivo) 
Créditos / aa.com.tr

Em comunicado, a Sociedade dos Presos Palestinianos (SPP) afirmou que, com 2353 detenções registadas, Jerusalém Oriental ocupada se situa no primeiro lugar por regiões, e que Abril foi o mês com maior número de detenções (1228 casos), noticia a agência Wafa.

A SPP condenou os ataques e raides israelitas contra cidades, aldeias e campos de refugiados na Cisjordânia ocupada para prender activistas, referindo que muitos palestinianos foram mortos, nesse processo, pelas balas do Exército.

Neste contexto, o número de execuções extrajudiciais no terreno, em 2022, é mais elevado por comparação com anos anteriores, alertou a SPP, que também questionou os bloqueios militares a localidades e campos de refugiados palestinianos, classificando-os como uma punição colectiva.

Dados da SPP sobre dentenções de palestinianos em 2022. (Clicar na imagem para a ampliar) / Wafa 

No que respeita às detenções administrativas, a organização afirmou que este ano, até à data, foram emitidas 1160. Só no mês de Agosto, foram decretadas 272, pelo que, no final de Setembro, havia cerca de 800 palestinianos nas prisões israelitas detidos sem acusação ou julgamento.

Ao abrigo deste regime, os períodos de detenção podem ser infinitamente renovados por períodos até seis meses.

A detenção, decretada por um comandante militar, tem por base aquilo a que Israel chama «prova secreta», que nem o advogado do detido tem direito a ver.

De forma reiterada, os presos palestinianos detidos sob este regime iniciam greves de fome para denunciar os seus casos e a política de detenção administrativa, exigindo a sua libertação.

Diversas instâncias das Nações Unidas têm denunciado repetidamente este regime israelita de detenção, na medida em que não faculta aos detidos palestinianos as «salvaguardas jurídicas básicas» e violam o direito internacional humanitário.

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Só no mês de Novembro, foram detidos 490 palestinianos, incluindo 76 menores e 12 mulheres, informaram, num relatório conjunto, a SPP, a Addameer, o Centro de Informação Wadi Hilweh e a Comissão dos Assuntos dos Presos e Ex-Presos Palestinianos.

No relatório mensal a que o Middle East Monitor faz referência, as quatro organizações de defesa dos direitos presos afirmaram que, no mês passado, o maior número de detenções ocorreu em Hebron (al-Khalil; 135 casos), seguida por Jerusalém (123), Ramallah (52), Jenin e Nablus.

De acordo com os grupos, há actualmente nas cadeias israelitas cerca de 4700 palestinianos presos, incluindo 34 mulheres e 150 menores.

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Também ontem, refere a agência Wafa, centenas de pessoas participaram numa manifestação entre o campo de refugiados de al-Amari, de onde era o preso Nasser Abu Hmaid, e o posto de controlo de Qalandia, perto de Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

O objectivo era o mesmo que na Faixa de Gaza – reclamar a devolução do corpo de Abu Hmaid e de dezenas de outros palestinianos retidos por Israel há meses ou anos.

Quando os manifestantes chegaram ao checkpoint de Qalandia, os soldados israelitas dispersaram a mobilização, recorrendo a latas de gás lacrimogéneo e disparos. O Crescente Vermelho Palestiniano informou que ficaram feridas 11 pessoas, na maioria por sufocação.

Espera, desgaste e punição colectiva

De acordo com a Campanha Nacional pela Recuperação dos Corpos dos Mortos por Israel e pelo Esclarecimento do Destino dos Desaparecidos, há 68 casos documentados de palestinianos desaparecidos desde o início da ocupação israelita de 1967.

A Campanha revela ainda que, desde 2015, as autoridades israelitas retêm 117 corpos de palestinianos em morgues e que há outros 254, mortos desde 1967, nos chamados «cemitérios de números», no Norte dos territórios ocupados em 1948, actual Estado de Israel.

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Crescem os esforços para recuperar corpos de palestinianos retidos por Israel

Israel tem há muito os «cemitérios para os mortos inimigos» e retém outros corpos de palestinianos em morgues. Trata-se de uma punição colectiva e uma violação grosseira do direito internacional.

Um palestiniano participa num protesto para exigir a libertação do corpo do seu filho morto pelas forças israelitas 
Créditos / WAFA

Em declarações à Voz da Palestina, a advogada Salwa Hammad disse este sábado que se estão a intensificar os esforços para obrigar Israel a libertar os corpos dos palestinianos que foram mortos pelas suas forças ao longo dos anos e que as autoridades sionistas mantêm «prisioneiros» em morgues ou em túmulos sem nomes, apenas identificados por números.

Hammad, que é coordenadora da Campanha Nacional pela Recuperação dos Corpos dos Mártires retidos por Israel desde 2015, declarou à rádio que há 81 corpos de palestinianos retidos nas morgues, além de outros 254, que foram mortos desde 1967, nos chamados «cemitérios de números», no Norte dos territórios ocupados em 1948, actual Estado de Israel.

«Existem esforços em curso para mobilizar a comunidade internacional com vista a ajudar a libertar os corpos retidos, tendo em conta o falhanço do processo legal para alcançar esse fim», disse Hammad, citada pela WAFA.

Acrescentou que estão previstas novas iniciativas a nível internacional este ano, bem como acções e campanhas mediáticas, sobretudo no Dia Nacional pela Recuperação dos Corpos dos Mártires, a 27 de Agosto.

Há alguns anos, Issam Arouri, director do Centro de Assistência Jurídica e Direitos Humanos de Jerusalém (JLAC, na sigla em inglês), destacava a este propósito que «Israel é o único país do mundo que retém os corpos de pessoas mortas com o intuito de os usar para negociar» em futuras trocas de prisioneiros.

Também denunciou, então, que era comum os israelitas reterem os corpos antes de os entregarem às famílias para imporem condições «sobre o modo como se realizam os funerais».

Longa espera, desgaste e punição colectiva

Por vezes, as famílias têm de esperar décadas até receberem os corpos dos seus entes queridos. O corpo de Mashour al-Arouri esteve retido por Israel 34 anos e o de Hafez Abu Zant, 35 anos, tendo o JLAC conseguido recuperá-los para os familiares em 2010 e 2011, respectivamente, segundo informou o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).

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Israel retém corpos de 19 palestinianos mortos

O governo israelita mantém actualmente retidos nas morgues os corpos de 19 palestinianos mortos pelas forças israelitas nos últimos dois anos. Retém, para além disso, os corpos de 260 palestinianos mortos desde 1967, denuncia uma organização de apoio jurídico e humanitário.

O corpo do jovem palestiniano Mohammed Ali, de 16 anos, morto pelas forças israelitas em Outubro de 2015, foi entregue à sua família em Janeiro de 2016 (na imagem, cerimónias fúnebres no campo de refugiados de Shuafat, em Jerusalém)
Créditos / vosizneias.com

Em declarações à rádio Voz da Palestina, Issam Arouri, director do Centro de Assistência Jurídica e Direitos Humanos de Jerusalém (JLAC, na sigla em inglês), disse que as forças israelitas continuam a reter os restos mortais de 260 palestinianos nos chamados «cemitérios de números» em Israel, para além de conservarem em morgues os corpos de 19 palestinianos que foram mortos pelos israelitas desde 2016, informa a agência Ma'an.

Os últimos casos dizem respeito a Hamzeh Zamaareh, de 19 anos, e Ahmad Nasser Jarrar, de 22 anos, que foram mortos na semana passada.

«Israel é o único país do mundo que retém os corpos de pessoas mortas com o intuito de negociar ou que impõe condições sobre o modo como se realizam os funerais antes de os entregar às famílias», disse ainda Arouri à Voz da Palestina.

Israel tem desde há muito «cemitérios para os mortos inimigos», também conhecidos como «cemitérios de números», onde se encontram os restos mortais de membros da resistência palestiniana contra a ocupação sionista que foram mortos durante ataques contra israelitas. A Ma'an refere que as autoridades israelitas os enterram em túmulos sem nomes, apenas identificados por números.

Longa espera, desgaste, punição colectiva

Por vezes, as famílias têm de esperar décadas até receberem os corpos dos seus entes queridos. O corpo de Mashour al-Arouri esteve retido por Israel 34 anos e o de Hafez Abu Zant, 35 anos, tendo o JLAC conseguido recuperá-los para os familiares em 2010 e 2011, respectivamente, segundo revela o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).

Na sua página de Facebook, o MPPM refere-se ainda ao enorme «encargo psicológico» que esta prática representa para as famílias, citando a advogada Salwa Hammad: «O principal motivo pelo qual eles fazem isto é punir colectivamente a família do mártir… Enquanto não podem ver o corpo do filho, [os familiares] têm esperança de que ele ainda esteja vivo, que esteja na prisão.»

Num comunicado conjunto emitido em 2016 pelo grupo palestiniano de apoio aos presos Addameer e o grupo israelita de defesa dos direitos das minorias Adalah, ambas as organizações condenaram a prática habitual de Israel de retenção dos corpos de palestinianos mortos, na medida em que, indica a Ma'an, constitui «uma violação severa do Direito Humanitário Internacional».

De acordo com a Convenção de Genebra, as partes num conflito armado devem enterrar os falecidos de forma honrosa, «se possível de acordo com os ritos da religião a que pertenciam» e «os seus túmulos [devem ser] respeitados, devidamente mantidos e marcados de tal forma que possam sempre ser reconhecidos».

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Para as famílias, esta prática constitui um enorme «encargo psicológico». Salwa Hammad sublinha que «o principal motivo pelo qual eles fazem isto é punir colectivamente a família do mártir… Enquanto não podem ver o corpo do filho, [os familiares] têm esperança de que ele ainda esteja vivo, que esteja na prisão».

Outras famílias têm noção de que os seus seres queridos foram mortos pelos israelitas, e realizam protestos com regularidade para exigir a libertação dos seus restos mortais, de modo a poderem fechar um ciclo, fazer o luto.

A prática punitiva da retenção dos corpos em morgues ou do seu enterro em «cemitérios de números» é considerada uma violação do direito internacional, e isso mesmo tem sido apontado por organizações humanitárias e de defesa dos direitos, como a Addameer.

Segundo a Convenção de Genebra, as partes num conflito armado devem enterrar os falecidos de forma honrosa, «se possível de acordo com os ritos da religião a que pertenciam» e «os seus túmulos [devem ser] respeitados, devidamente mantidos e marcados de tal forma que possam sempre ser reconhecidos».

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Para as famílias, esta prática constitui um enorme «encargo psicológico», afirma a Campanha, cujos responsáveis destacam o carácter de punição colectiva subjacente à decisão de reter um corpo. «Enquanto não podem ver o corpo do filho, [os familiares] têm esperança de que ele ainda esteja vivo, que esteja na prisão», afirmam.

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Apartheid de Israel representa «décadas de opressão e dominação»

Uma ONG publicou um relatório que documenta o «sistema de opressão e dominação» imposto por Israel aos palestinianos. «Isto equivale ao apartheid, proibido pelo direito internacional», sublinha.

A «Estrada do Apartheid», na Margem Ocidental ocupada, junto a Jerusalém
A «Estrada do Apartheid», na Margem Ocidental ocupada, junto a Jerusalém Créditos / MPPM

No seu portal, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) atribuiu esta terça-feira grande relevância ao extenso relatório publicado pela Amnistia Internacional, no qual confirma que «o regime de Israel contra todo o povo palestiniano configura o crime contra a humanidade de apartheid».

A acusação agora formulada – que é feita há décadas e tem sido sustentada em anos recentes por personalidades e organizações de defesa dos direitos humanos – foi apresentada numa publicação que culmina investigações levadas a cabo entre 2017 e 2021, e tem por base a recolha de provas de violações dos direitos humanos internacionais e do direito humanitário na Palestina histórica, bem como em publicações de diversa índole.

De acordo com a investigação, «Israel impõe um sistema de opressão e dominação contra os palestinianos em todas as áreas sob seu controlo, em Israel e nos territórios palestinianos ocupados, e contra os refugiados palestinianos, a fim de beneficiar os israelitas judeus. Isto equivale ao apartheid, proibido pelo direito internacional».

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Arquitectura pós-apartheid: o checkpoint de Qalandiya como um parque

Uma estudante palestiniana de Arquitectura partiu do presente de opressão e injustiça e concebeu o futuro sem apartheid e ocupação israelitas, transformando uma conhecida estrutura de opressão num espaço público.

Imagem do projecto apresentado por Saja Barghouti à Universidade de Al-Quds 
Créditos / Imad Barghouthi / Facebook

Na universidade também se resiste – e pensa, pesquisa e recria a libertação da Palestina. Um exemplo disso é o projecto de final de curso apresentado pela estudante Saja Imad al-Barghouti, de 22 anos, que redesenhou o posto de controlo de Qalandiya, desmantelando uma estrutura do apartheid erigida pela ocupação israelita e convertendo-a num espaço público de jogos, brincadeira, diversão e vida.

O projecto, intitulado «Galeria de Qalandiya» e concebido como «reciclagem do checkpoint de Qalandiya depois da libertação da Palestina», foi apresentado como trabalho de final de curso à Universidade de Al-Quds, em Jerusalém, e, sublinha o canal libanês Al Mayadeen, dá corpo ao «imaginário colectivo de milhões».

Barghouti sublinhou que «o conceito do projecto se baseia na realidade palestiniana, mergulhada em opressão, injustiça e separação», devido ao principal checkpoint entre Ramallah e Jerusalém, e ao Muro do Apartheid.

Com o projecto, são demolidos o apartheid, a discriminação, a privação de direitos a que os palestinianos são sujeitos em Qalandiya, e o espaço, «reciclado», torna-se habitável, assume funções culturais e sociais, com balouços, escorregas, campos de basquetebol, zonas para fazer compras, ver arte e conviver.

Uma recuperação dos sentidos

A jovem estudante afirmou que a ideia fundamental subjacente ao projecto é pôr fim ao «carácter colonial» do Muro do Apartheid e transformá-lo numa peça arquitectónica que «restaure os sentidos», quando os palestinianos ali foram privados da sua utilização.

Estruturas como o checkpoint de Qalandiya, explicou, «visam limitar a mobilidade dos palestinianos, suprimir os seus sentidos e desintegrar o seu tecido social, geográfico e nacional».

Imagem do projecto pós-ocupação apresentado por Saja Barghoti / Imad Barghouthi / Facebook

O design do projecto pretende transformar o muro num «local de paz, sem opressão e humilhação», com «liberdade de movimentos» – o oposto do que acontece agora –, e num «museu de arte», que também passe «uma imagem revolucionária do povo palestiniano» e guarde o simbolismo do muro como parte da história de ocupação sofrida pelos palestinianos, sublinhou.

Saja Barghouti disse que a ideia do projecto lhe surgiu da própria «realidade quotidiana vivida pelos palestinianos na Cisjordânia, o cansaço e a tensão que sentem quando têm de passar pelo posto de controlo».

O checkpoint militar israelita de Qalandiya fica perto da localidade palestiniana homónima, a sul de Ramallah, na Cisjordânia ocupada. Ali, milhares de palestinianos são obrigados a esperar horas para poderem passar e são submetidos a humilhações pelas forças israelitas.

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«As leis, políticas e práticas destinadas a manter um sistema cruel de controlo sobre os palestinianos deixaram-nos fragmentados geográfica e politicamente, frequentemente empobrecidos, e num estado constante de medo e insegurança», refere ainda o relatório.

O apartheid pode ser entendido como um sistema de tratamento discriminatório prolongado e cruel por parte de um grupo racial sobre membros de outro grupo, com a intenção de controlar o segundo grupo racial, entende a organização não governamental, que afirma: «O apartheid não é aceitável em parte nenhuma do mundo. Então porque é que o mundo o aceitou contra os palestinianos?»

Sistema de opressão e dominação

A ONG, que faz um vasto conjunto de recomendações a Israel e a outros intervenientes com vista ao «desmantelamento deste terrível sistema de apartheid», afirma que, desde a criação do Estado de Israel, em 1948, sucessivos governos têm criado e mantido um sistema de leis, políticas e práticas destinadas a oprimir e dominar os palestinianos com a intenção de privilegiar os israelitas judeus.

O muro do apartheid de Israel pode ser visto do espaço mas não no Google

Acusado de eliminar a Palestina da sua app Maps, o Google acabou por admitir, após um protesto mundial, que este território nunca foi assim designado, apesar de 136 membros da ONU o reconhecerem como Estado independente.

Aspecto do Muro do Apartheid israelita, que atravessa a Margem Ocidental ocupada
CréditosMPPM

O Google Maps está novamente envolvido em polémica, afirma o Middle East Monitor. Desta vez, a questão prende-se com o Muro do Apartheid de Israel – eufemisticamente designado como «barreira de separação» e que serpenteia pelas terras palestinianas da Margem Ocidental ocupada. O muro, que pode ser visto do espaço, não é visível no Google; não aparece em nenhum dos mapas fornecidos pelo motor de busca.

A Grande Muralha da China e a Muralha de Adriano (no Norte de Inglaterra) aparecem no Google Maps, e o mesmo se passa com o relativamente modesto Muro Ocidental, de 500 metros, em Jerusalém. Já o muro de betão de 700 quilómetros de comprimento e oito metros de altura que atravessa a Palestina desaparece do sistema de mapas electrónicos do Google.

Em virtude desta situação, o deputado europeu Alyn Smith (Partido Nacional Escocês) lançou uma petição em que se insta o Google a mostrar o Muro do Apartheid na sua totalidade, incluindo postos de controlo, torres de vigia e outros elementos instalados pelo Estado sionista. O Google, insiste Alyn Smith, deve ser obrigado a mostrar o muro e a entender que a sua prática actual é inaceitável.

O muro foi iniciado em 2000, com o argumento de que protege os cidadãos de Israel de bombistas suicidas. No entanto, esta estrutura configura-se como uma violação do direito dos palestinianos a deslocarem-se sem entraves na sua terra histórica, sublinha o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), acrescentando que «o muro é inteiramente construído bem dentro da terra palestiniana» e que «se trata de um roubo de terra em grande escala».

O Tribunal Internacional de Justiça classificou o muro como ilegal e a Assembleia Geral da ONU instou Israel a respeitar a sentença (com 150 votos a favor e seis contra). Mas o Estado de Israel é especialista em desprezar resoluções das Nações Unidas (cerca de 180), e esta foi, como as demais, ignorada ou violada, refere o MPPM.

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De acordo com o organismo, as autoridades israelitas têm feito isto recorrendo a quatro estratégias principais: 1. a fragmentação em domínios de controlo (manter os palestinianos separados uns dos outros em domínios territoriais, legais e administrativos distintos); 2. a despossessão de terras e propriedades (décadas de apreensões discriminatórias de terras e propriedades, demolições de casas e expulsões forçadas); 3. segregação e controlo (um sistema de leis e políticas que mantêm os palestinianos confinados a enclaves, sujeitos a várias medidas que controlam as suas vidas, e segregados dos israelitas judeus); 4. privação dos direitos económicos e sociais (o empobrecimento deliberado dos palestinianos, mantendo-os em grande desvantagem em comparação com os israelitas judeus).

Apartheid e impunidade

No documento, o organismo denuncia que «as autoridades israelitas gozam há demasiado tempo de impunidade», afirmando que Israel comete de forma sistemática, há décadas, graves violações dos direitos humanos dos palestinianos.

Entre outras, refere a transferência forçada, a detenção administrativa, tortura, assassínios ilegais e ferimentos graves, negação de direitos e liberdades básicos, que se inserem no «ataque generalizado e sistemático contra a população palestiniana» e que constituem «crimes contra a humanidade de apartheid».

Israel pediu à Amnistia Internacional que não publicasse o relatório, com o argumento estafado do «anti-semitismo» (o mesmo que é usado em França ou no Reino Unido para restringir a solidariedade com a Palestina) e afirmando que as conclusões são «falsas e tendenciosas», segundo referem o MPPM e outras fontes.

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Outras famílias têm noção de que os seus seres queridos foram mortos pelos israelitas, e realizam protestos com regularidade para exigir a libertação dos seus restos mortais, de modo a poderem fechar um ciclo, fazer o luto.

A prática punitiva da retenção dos corpos em morgues ou do seu enterro em «cemitérios de números» é considerada uma violação do direito internacional, e isso mesmo tem sido apontado por organizações humanitárias e de defesa dos direitos, como a Addameer.

Segundo a Convenção de Genebra, as partes num conflito armado devem enterrar os falecidos de forma honrosa, «se possível de acordo com os ritos da religião a que pertenciam» e «os seus túmulos [devem ser] respeitados, devidamente mantidos e marcados de tal forma que possam sempre ser reconhecidos».

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Uma das reivindicações deste partido, indispensável para assinar o acordo de coligação, era a proibição de bandeiras palestinianas em edifícios públicos israelitas e instituições que recebam apoios do estado de Israel.

Apenas 11 dias após a tomada de posse, Ben-Gvir já aproveitou o poder que lhe foi conferido por Netanyahu para extremar ainda mais o seu posicionamento racista e xenófobo, anunciando, no Domingo, a ordem de retirada de toda e qualquer bandeira palestianiana que esteja em espaço público de Israel. A medida será agora posta em prática pelas forças de segurança do país.

«A liberdade de expressão não se estende à identificação com terroristas e com aqueles que querem prejudicar os soldados» das IDF (Forças de Defesa de Israel), defendeu o ministro. As forças de ocupação foram responsáveis pelo assassinato de mais de duas centenas de palestinianos, só em 2022.

Também no Domingo, Netanyahu queixou-se de um cartaz presente numa manifestação contra o seu governo, que exigia a libertação da Palestina e o fim da «ocupação colonial zionista». O primeiro-ministro israelita, responsável por inúmeros massacres e violações de direitos humanos, exigiu que os manifestantes parassem «imediatamente» com essas acusações.

A situação não é nova. Em Maio de 2022, o anterior governo removeu, à força, as bandeiras palestinianas presentes no funeral da jornalista Shireen Abu Akleh, da Al Jazeera, morta a tiro pelas forças de ocupação de Israel.

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Salim – Existe na Europa um movimento crescente de solidariedade para com a Palestina e esperamos que este ajude a exercer pressão sobre o governo israelita. Queremos que os governos da Europa reconheçam o Estado da Palestina e se posicionem firmemente contra a expansão dos colonatos. Não interessa se as pessoas são de direita ou de esquerda, desde que defendam o que é justo. Justiça é justiça.

Por que razão são as ocupações recusadas em todo o mundo, excepto na Palestina? Porque é que este é o único lugar onde devemos ter em conta os sentimentos do ocupante? Nunca houve nada assim, em que nos obrigam a ter em conta os sentimentos do ocupante. Não o ocupado. Porquê? Por causa da história europeia...

Porque é que temos de pagar pela história da Europa? Não é a nossa história! Eles impõem-na e nós temos de pagar o seu preço. A Nisreen nasceu num campo de refugiados, eu nasci num campo de refugiados, tudo por causa desta política europeia. É uma perspectiva completamente hipócrita: de um lado, eles lutam pelo seu país, do outro, nós, que defendemos a nossa terra, somos os terroristas. Parem! Este jogo tem de ser travado!

A França e a Alemanha fizeram, recentemente, declarações conjuntas em que apelam a um cessar-fogo na Palestina. Ao mesmo tempo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha fez uma declaração em que condena os ataques com rockets contra Israel (depois do assassinato de dezenas de pessoas na Palestina). 

Salim – O meu povo está sob ocupação. Há um ocupante e há um ocupado. É preciso ter uma posição firme contra o ocupante. Não se pode estar sempre a fazer equivalências. Pedem-nos para pensarmos no pobre ocupante. Eles não são pobres nenhums: têm mísseis, têm armas automáticas, Israel tem o maior exército do Médio Oriente e é apoiado por todo o mundo ocidental. Não somos culpados pela história da Europa.

Nisreen – Não é culpa dos palestinianos e a Europa não pode limpar as suas mãos dos crimes que ajudou a cometer. Vários governos europes, por exemplo, estão a aplicar uma lei para não permitir que os palestinianos que vivem na Europa lutem ou apoiem o nosso povo.

Na Alemanha, por exemplo, há um grupo chamado Samidoun [Rede de Solidariedade com os Prisioneiros Palestinianos] que tem promovido várias manifestações em defesa dos presos nos cárceres israelitas e que está, constantemente, a ser boicotado pelo governo alemão, recusando-se a dar autorização para acções, arrancam as bandeiras palestinianas, não deixam que as hasteiam.

O boicote a instituições israelitas é muito, muito, importante!

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