Os barcos Freedom [Liberdade] e Al-Awda [O Retorno] são esperados esta tarde, pelas 17h, na Marina de Cascais, para onde está marcada uma concentração de acolhimento, segundo divulgou no seu portal o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).
Até à próxima sexta-feira, dia 22, realiza-se na zona de Lisboa uma série de eventos que contam com a participação de membros da Flotilha e de várias organizações portuguesas, «para exigir o fim do bloqueio à Faixa de Gaza e reclamar o direito a um futuro justo para a Palestina», lê-se no portal do MPPM.
Amanhã, quarta-feira, às 18h30, decorre na Associação José Afonso, em Lisboa, uma sessão pública que terá como intervenientes membros da Flotilha, membros da Plataforma de Apoio à Flotilha 2018, do MPPM e do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina.
Composta por quatro embarcações, a Flotilha da Liberdade 2018 partiu da Noruega e da Suécia, tendo atracado em portos de países como a Dinamarca, a Alemanha, a Holanda, o Reino Unido, a França e a Espanha. Depois da zona de Lisboa, segue para Cádis (Espanha) e para portos de Itália e da Grécia.
Em todos os locais tem havido acções de solidariedade com a Palestina. Ontem, em Paris, centenas de pessoas juntaram-se nas margens do rio Sena para pedir «o fim dos massacres dos palestinianos». No entanto, as autoridades francesas impediram que os barcos Palestine e Mairead – que também integram a Flotilha – atracassem, apesar de os terem «revistado intensamente», informa a PressTV.
Catástrofe humanitária em Gaza
«A Faixa de Gaza está há 12 anos submetida a um desumano bloqueio e a sucessivas agressões militares por Israel», das quais resulta uma «situação de verdadeira catástrofe humanitária», denuncia o MPPM.
«Devido ao bloqueio, só há fornecimento de electricidade quatro horas por dia, a água deixou de ser potável, os esgotos não são tratados, o nível de desemprego é o mais elevado do mundo. Segundo as Nações Unidas, no ano de 2020 a Faixa de Gaza será inabitável», acrescenta.
Em 2018, ano em que se assinala o 70.º aniversário da Nakba (catástrofe), a limpeza étnica da população palestiniana por Israel, «os habitantes de Gaza (70% dos quais são refugiados ou seus descendentes) vêm exigindo o fim do bloqueio e o direito ao regresso às suas terras na Grande Marcha do Retorno, iniciada em 30 de Março». A repressão israelita sobre os manifestantes desarmados já provocou mais de 130 mortos e de 13 mil feridos.
É neste contexto que a Flotilha da Liberdade se faz novamente ao mar – destaca o MPPM –, «para desafiar o bloqueio e exigir o fim da cumplicidade dos governos europeus com os crimes de guerra e com a violação dos direitos humanos por Israel».
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