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Associações militares à espera do novo ministro

As associações profissionais de militares saúdam a demissão de Azeredo Lopes e colocam ao novo ministro da Defesa Nacional a necessidade de políticas que respeitem a condição militar e a Constituição.

Participação de militares nas comemorações do Dia da Marinha, em Vila do Conde, 21 de maio de 2017
CréditosJOSE COELHO / LUSA

A Associação de Oficiais dasForças Armadas (AOFA), no comunicado que emitiu, critica o actual «estado de falência» do Hospital das Forças Armadas, do Instituto de Acção Social das Forças Armadas (IASFA) e da instituição militar, nomeadamente a exiguidade de efetivos, «o permanente atraso nas promoções e o mau regulamento de avaliação».

Para a AOFA, «as Forças Armadas não podem mais continuar a ser governadas com este modelo de escassos orçamentos, Efectivos insuficientes, más condições de atractividade», considerando ser necessário que o novo ministro da Defesa Nacional (MDN) esteja «atento às fileiras e ao seu sentir».

Por seu lado, a Associação de Praças (AP), também em comunicado, refere que, com a demissão de Azeredo Lopes, «a responsabilidade política está encontrada», considerando no entanto ser necessário que tudo seja esclarecido, nomeadamente saber-se «quem é que assaltou o paiol de Tancos».

A AP chama a atenção para o facto de as associações militares terem «sido, ao longo dos anos, acusadas de pôr em causa a coesão e a disciplina nas Forças Armadas», deixando no ar as questões de, perante tais escândalos, se saber «quem é que coloca a instituição militar nas ruas da amargura, patrocina o seu descrédito e coloca em causa a coesão e a disciplina nas Forças Armadas».

Por fim, a AP anuncia um pedido de audiência ao novo MDN e sublinha a necessidade do cumprimento da lei que permite às APM integrarem conselhos consultivos, comissões de estudo e grupos de trabalho.

Já o presidente da Associação Nacional de Sargentos, considerando que o ex-ministro estava fragilizado, espera que o novo titular da pasta seja alguém que venha resolver problemas, nomeadamente os sócio-profissionais dos militares e o do IASFA, cuja dívida já ultrapassa os 60 milhões de euros.

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