Na véspera da data que marca o início da crise académica de 62, os estudantes do Ensino Superior assinalaram o 55.º aniversário dos acontecimentos de 24 de Março de 1962 com protestos pelo fim das propinas, por mais e melhor acção social e pelo reforço do financiamento do Ensino Superior Público.
Em Lisboa, os estudantes percorreram a Avenida da República, da Praça de Saldanha até à Direcção-Geral do Ensino Superior, gritando palavras de ordem como «para a banca vão milhões, para o ensino são tostões» e «o passe escolar é para voltar».
Nas faixas que acompanhavam a manifestação, liam-se referências à possibilidade de as instituições se transformarem em fundações (como já aconteceu nas universidades de Aveiro, de Lisboa, do Minho ou do Porto), como «de fundação em fundação, o ensino vai ao chão».
O dia de ontem foi marcado por acções de luta um pouco por todo o País, nomeadamente com concentrações no Porto, em Braga e em Évora. Para além de concentrações, os estudantes de Coimbra e das Caldas da Rainha realizaram pinturas de murais reivindicativos.
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