A Galilei Saúde negociou com o fundo luxemburguês FBP a venda do British Hospital e a rede IMI (Imagens Médicas Integradas) por 16 milhões de euros. O acordo envolve ainda a Parvalorem, a empresa pública criada para gerir os activos tóxicos do Banco Português de Negócios (BPN) depois da nacionalização concretizada em 2008.
A entrega das unidades de saúde privadas ao fundo luxemburguês serve para pagar parte da dívida de 22 milhões de euros que a Galilei Saúde, detida pelos accionistas da antiga Sociedade Lusa de Negócios (hoje Galilei SGPS), dona do BPN antes da nacionalização.
O negócio envolve um perdão parcial da dívida em seis milhões de euros. A dívida em causa tinha sido contraída apesar de não terem sido dadas quaisquer garantias, pelo que o Estado se encontrava «numa situação fragilizada», nas palavras do presidente da Parvalorem. O crédito foi concedido pelo BPN à empresa do mesmo grupo, um procedimento comum e que contribuíu para a ruína do banco.
A Parvalorem reclama 1,3 mil milhões de euros em créditos concedidos pelo BPN a empresas do universo SLN, hoje com o nome Galilei, dos quais apenas 250 milhões foram recuperados. De acordo com o Tribunal de Contas, o processo de nacionalização do BPN já terá custado 2,7 mil milhões de euros, valor que pode superar os 7,5 mil milhões de dinheiros públicos.
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