Depois de Passos vir mostrar-se preocupado com reforma da Segurança Social

Jerónimo de Sousa desacredita palavras de Passos Coelho

O secretário-geral do PCP, depois das palavras de Passos sobre a Segurança Social, lembra a intenção demostrada pelo PSD em cortar 600 milhões nesta área.

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP
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Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, considerou hoje que o presidente do PSD parece ter tido «um vaipe» no sentido de «salvar a Segurança Social», defendendo que não se pode levar a sério essa posição.

«Lendo os jornais hoje descobrimos esta coisa espantosa, camaradas: que Passos Coelho, em nome de uma convergência na reforma da Segurança Social, diga que na sua proposta não vai cortar pensões e reformas, que vai respeitar as reformas em pagamento, que até poderá deixar cair o plafonamento», afirmou.

O secretário-geral do PCP referia-se às palavras de Passos Coelho na conferência de imprensa dada ontem na sede do partido. O PSD já tinha entregue na Assembleia da República um projecto de resolução para criar uma comissão eventual para estudar a reforma da Segurança Social, mas Pedro Passos Coelho fez questão de apelar publicamente ao consenso sobre essa matéria. 

«Não, camaradas, não será Passos Coelho que salvará a Segurança Social», declarou o secretário-geral do PCP, num almoço com delegados e dirigentes sindicais e membros de organizações representativas de trabalhadores, no refeitório da Festa do Avante!, no Seixal.

E questionou: «Quem havia de dizer, camaradas? O mesmo Passos Coelho que assumiu o compromisso com a União Europeia de cortar 600 milhões de euros na Segurança Social, cortando reformas, pensões e apoios sociais, que lhe tenha dado de repente um "vaipe" considerando que agora é tempo de salvar a Segurança Social?».

Jerónimo rematou dizendo aquilo que defendem os comunistas: «É preciso respeitar o seu caráter universal, geral e solidário, é preciso encontrar fontes de financiamento, pondo o grande capital a pagar uma parte. Isso sim é uma proposta séria e não o desabafo de circunstância de Passos Coelho. Precisamos de defender a Segurança Social».

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