A luta das mulheres sai à rua em Março

O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) organiza, «com responsabilidade e sobretudo muita confiança», o Dia Internacional da Mulheres, com um vasto programa de acções em todo o País.

Neste sentido, estão agendadas duas manifestações, uma no Porto, no dia 7 de Março às 15 horas, e outra, a 13 de Março, à mesma hora, em Lisboa. No dia 8 de Março estão previstas acções variadas um pouco por todo o País.

O objectivo é trazer para o espaço público a denúncia do agravamento das condições de vida, de trabalho e de saúde da esmagadora maioria das mulheres. O MDM assinala que é imprescindível a luta pela igualdade quer na vacinação e na saúde, quer nos direitos laborais e na vida familiar. Também está presente a ideia de «solidariedade com as mulheres que lutam, em todo o mundo, pela igualdade».

«As opções políticas no combate à epidemia estão a ter um impacto terrível e desproporcional na vida das mulheres», alerta a estrutura, que afirma receber diariamente «denúncias de abusos e aproveitamentos da situação pandémica visando a maior exploração do trabalho das mulheres e negando-lhes o exercício dos seus direitos».

Segundo o MDM, são muitas as razões para a luta, nomeadamente a perda de rendimentos, o desemprego, o aumento de mulheres empurradas para a pobreza e a exclusão social, assim como a falta de condições sanitárias para quem tem de prestar trabalho presencial, ou a realidade do teletrabalho acrescido dos cuidados a familiares, que impõem «às mulheres uma sobrecarga desumana, de consequências imprevisíveis para a sua saúde física e mental».

A organização alerta ainda para o facto de estarem a aumentar as desigualdades, as discriminações e as violências, o que tem levado a «perigosos retrocessos nos direitos, no estatuto social e no processo de emancipação» da mulher.