|Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM)

MPPM apela ao boicote à projecção do filme «Capitão América: Admirável Mundo Novo»

A estreia do filme, anunciada para a próxima semana, é, segundo o MPPM, «uma tentativa da Marvel e da Disney para normalizar o racismo anti-palestino e branquear a carnificina de Israel na Palestina».

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) recorda que no último filme do “Capitão América” «revive uma personagem anti-palestina, Ruth Bat-Seraph, também conhecida como “Sabra”», que surgiu no universo Marvel em 1980 encarnando o papel de uma agente dos serviços secretos israelitas, a conhecida Mossad.

Entretanto, a Marvel anunciou que iria rever, mas não eliminar a personagem. Assim, o MPPM considera que «a representação da personagem pela actriz Shira Haas, uma porta-voz da propaganda do governo israelita que se voluntariou para se juntar às IDF (Forças de Defesa de Israel), apesar de estar isenta, só piora a história racista da personagem». Por outro lado, «a empresa-mãe da Marvel está a fazer um remake da Branca de Neve com uma das maiores propagandistas em Hollywood do genocídio de Israel — a actriz e ex-soldado das IDF Gal Gadot — no papel da Rainha Má», cuja estreia em Portugal está anunciada para Março.

A plataforma Film Workers For Palestine lançou também um apelo aos cinéfilos de todo o mundo para que boicotem todas as projecções do filme "Capitão América: Admirável Mundo Novo", da Marvel, e do remake da "Branca de Neve", da Disney.

Após o Tribunal Internacional de Justiça ter deliberado, em 2023, que Israel estava a cometer um “genocídio plausível” em Gaza, o MPPM considera que a promoção de actrizes que justificam estes crimes de guerra «higieniza e normaliza esses crimes».

O MPPM, para além de sublinhar que a decisão dos líderes da Marvel e da Disney de se assumirem como «embaixadores do regime colonial de ocupação de Israel» torna-os «cúmplices das violações dos direitos humanos dos palestinos», reforça os apelos dos cineastas palestinos para que se faça tudo o que «for humanamente possível para parar e acabar com a cumplicidade com este horror indescritível».

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