«Cortem nas armas, subam nos salários», «Paz no Médio Oriente, Palestina Independente» ou «Israel é culpado por um povo massacrado» foram algumas das palavras de ordem ouvidas, esta tarde, enquanto os manifestantes caminhavam entre o Cais do Sodré e o Rossio.
Mais de 70 organizações subscreveram o apelo à participação na manifestação deste sábado, no qual se denuncia, mais uma vez, o genocídio em Gaza e se reivindica o fim imediato da escalada de guerra no Médio Oriente levada a cabo por Israel, bem como dos conflitos, designadamente no Líbano, na Síria ou no Saara Ocidental, e a abolição das armas nucleares. No plano interno, as organizações, a que se juntaram dezenas de artistas plásticos, ilustradores e designers, exigem que o Governo cumpra os princípios da Constituição da República Portuguesa, rejeitando que «verbas que devem ser utilizadas no aumento dos salários e das pensões» sejam gastas com a guerra.
Em declarações aos jornalistas, esta tarde, a representante do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), Ilda Figueiredo, uma das entidades promotoras, explicou que esta é uma manifestação que junta centenas de organizações, todas em defesa do fim de todos os conflitos no mundo, a promoção da paz e o direito à autodeterminação do povo palestiniano. Mas é também «das maiores» que Ilda Figueredo afirma ter vivido, garantindo que juntou «milhares e milhares de pessoas».
O secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, defendeu a participação da intersindical com o facto de o povo e os trabalhadores serem sempre os principais afectados nos conflitos e criticou o discurso do secretário-geral da NATO, que pediu maior investimento em armamento, mesmo que isso seja feito em detrimento de direitos sociais.
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