A três dias das eleições legislativas, cada partido opta por centrar o foco em temas diferentes, revelando as suas prioridades para a nova legislatura.
Da parte do PSD, o seu líder, Rui Rio, insiste em dar palco à ideia de um debate «entre Centenos», acusando o actual ministro das Finanças de não querer discutir nem com Joaquim Sarmento, nem com Álvaro Almeida sobre os cenários macroeconómicos constantes dos respectivos programas eleitorais.
Pelo PS, António Costa volta a abanar a bandeira do medo da governação sem estabilidade para pedir mais votos e mais força para o PS, afirmando que ninguém deve «olhar para sondagens a pensar como vai votar, porque existem sondagens para todos os gostos: um dia temos maioria absoluta, noutro dia estamos em queda». O líder do PS parece querer chamar a si mesmo os votos de quem não quer uma maioria absoluta, porque «há votos a dar ao PS para mais quatro anos de estabilidade política».
O CDS-PP insiste que o seu grande objectivo é uma maioria de centro-direita como contrapeso às «esquerdas». Assunção Cristas diz que é a «escolha segura» para a «mudança», sendo que tem dedicado muito tempo a citar o «caso de Tancos» para fazer campanha.
Catarina Martins, pelo BE, vem apelar ao voto no seu partido, sobretudo a todos os que querem uma economia mais justa, em que não sejam sempre os mesmos a «pagar tudo, enquanto quem tem tudo não paga quase nada».
Jerónimo de Sousa, em campanha pela CDU, foca-se nos direitos dos trabalhadores, exigindo que sejam defendidos os seus interesses e salários. E também não deixou de questionar os «mais de 600 milhões de euros de lucros [que] saíram do País para paraísos fiscais, sem serem tributados», exigindo explicações ao «ministro das contas certas». O secretário-geral do PCP lembrou a proposta apresentada pelo seu partido, «que foi rejeitada por PS, PSD e CDS-PP», para que esse dinheiro cá tivesse ficado para «reforçar o financiamento dos serviços públicos, para investir na Saúde e para dar resposta aos problemas dos trabalhadores e do povo».
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