ASPP/PSP quer clubes a pagar policiamento fora dos estádios

Polícias querem medidas para travar violência no futebol

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) exige ao Governo «medidas efectivas» de combate à violência no futebol, em ofício endereçado ao Ministério da Administração Interna e ao grupos parlamentares.

O policiamento das competições desportivas profissionais estende-se, em muitos casos, para fora do recinto dos eventos
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Em comunicado, a organização sindical «considera inconcebível que um desporto se tenha transformado numa espécie de cenário de guerra semanal, muitas vezes promovido e apoiado por dirigentes e representantes dos próprios clubes». Os polícias querem que «seja colocado um ponto final nesta questão» e exigem a «criação de legislação adequada» pelo Governo e pela Assembleia da República.

A ASPP/PSP lembra que «os clubes de futebol profissional são Sociedades Anónimas Desportivas, ou seja, empresas que visam o lucro e movimentam quantias inimagináveis» e, por isso, devem ser responsabilizados pela «segurança das claques, incluindo nos acompanhamentos que são feitos pela PSP na deslocação de e para os estádios, bem como de eventuais danos causados pelos seus membros, de agressões a Profissionais da PSP ou quaisquer outros cidadãos».

A estrutura sindical defende que sejam os clubes organizadores dos eventos, «como qualquer outra [empresa]» a pagar «os serviços dos profissionais da Polícia nas suas horas de descanso», de acordo com o que está estipulado na lei, em vez de estes serem «escalados para efectuar serviço [aos jogos de futebol] como se de um dia normal de trabalho se tratasse».

«Os Verdes» preocupados com violência no desporto infantil e juvenil

A deputada ecologista Heloísa Apolónia questionou hoje o Governo, por escrito, sobre repetidos casos de violência em competições de desporto infantil e juvenil. Para além dos episódios noticiados recentemente, a deputada indicou que também chegaram relatos ao seu grupo parlamentar.

«Curiosamente, vários dos episódios relatados não decorrem do comportamento de crianças e jovens, mas sim da atitude dos pais que, muitas vezes, insultam e ameaçam treinadores e árbitros, e, também, elementos e apoiantes de equipas adversárias», nota Heloísa Apolónia, que fala ainda de casos em que os pais incitam os próprios filhos à violência.

A deputada do PEV quer saber se existem estudos sobre o tema e se estão em prática medidas «para prevenir e combater os fenómenos de violência no desporto infantil e juvenil»

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