Não tendo elementos diferenciadores, seja no seu trabalho feito nos últimos anos no Parlamento Europeu (PE), seja na concepção sobre a União Europeia (UE) e a continuidade do futuro do País condicionado às suas políticas, PS, PSD e CDS-PP têm trazido a público distracções supérfluas.
Esta semana tem sido marcada por acusações entre candidatos – aquilo a que João Ferreira, da CDU, chamou «questiúnculas» –, das quais o AbrilAbril retirou alguns exemplos.
Pedro Marques acusa Rangel de «sobrevoar os problemas das pessoas».
Paulo Rangel diz que Pedro Marques é «candidato virtual» que não leva a sério as eleições.
Nuno Melo preocupa-se porque Pedro Marques é «candidato das fake news».
Sobre propostas de fundo e o que fazer quanto às políticas da UE, cujas consequências para a vida nacional estão à vista, menos disseram. Talvez porque pouco os distinga nas matérias que são essenciais.
Basta olhar, sem grande cuidado em ser-se exaustivo, para votações em que PS, PSD e CDS-PP convergiram no PE, prejudicando o interesse do País e do povo português.
Entre tantas outras medidas, juntaram-se aprovando o memorando de entendimento da Troika, cujas consequências negativas tão bem são conhecidas; o Tratado Orçamental, que limita o financiamento aos serviços públicos; a União Bancária, que visa limitar os estados-membros em defender-se da banca privada; a entrega do sector ferroviário à privatização; a Política Comum de Pescas, que destruiu metade da frota pesqueira portuguesa; a Política Agrícola Comum, que ajuda ao abandono da produção nacional.
Ainda «acabaram a lamentar-se» da campanha ter «descido de nível», ao ponto da discussão rasteira, para a qual os três amigos de votações no PE contribuíram.
Tudo visto, sobre a União Europeia estão de acordo. Independentemente dos prejuízos vividos pelo povo português com a integração e as suas políticas, que condicionam o desenvolvimento económico e social do País.
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