Terá vingado para estes resultados a velha máxima do «voto útil» no PS, para afastar o PSD da governação regional.
Registe-se, não obstante, que o PSD manteve um número de votos semelhante ao que foi registado há quatro anos. A grande alteração centrou-se num aumento de mais de 36 mil e quinhentos votos por parte do PS face ao resultado de 2015, no qual tinha concorrido em coligação com PTP, PAN e MPT, e que permitiu àquele partido subir de cinco eleitos para 19 deputados.
Todos os partidos (à excepção do PS), até então com representação regional, perderam deputados. O CDS-PP passa de sete para três eleitos; o JPP (Juntos pelo Povo) desce de cinco para três representantes; a CDU perde um mandato, ficando apenas com um deputado; e o BE perde representação parlamentar, ficando assim arredado pela primeira vez em muitos anos de voz na assembleia legislativa madeirense.
O CDS-PP já demonstrou estar disponível para viabilizar um governo maioritário com o PSD, cenário que se afigura como provável e a confirmar nos próximos dias.
Paulo Cafôfo, não obstante, quer desafiar todas as forças eleitas, que não o PSD, para a formação de um governo regional, confirmando assim ter um projecto mais centrado no objectivo de ser poder, do que com base em princípios e valores de orientação política determinada.
Recorde-se que nas últimas eleições regionais, realizadas a 29 de Março de 2015, tinha sido registada uma abstenção de 50,42%, a mais alta de sempre e o PSD havia conseguido segurar, por um deputado, a maioria absoluta, com a eleição de 24 dos 47 parlamentares.
Foram mais de 257 mil os eleitores que tiveram hoje a possibilidade de votar nas eleições para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira. A jogo foram 17 candidaturas para a escolha, pelos madeirenses, dos 47 lugares no parlamento regional.
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