Os sindicatos vão apresentar aos trabalhadores das empresas do Grupo EDP «propostas concretas de actuação», de modo a «responder à afronta» da «proposta zero» e para que a administração «perceba que os trabalhadores não abdicam do direito a aumentos salariais e da resolução de outras matérias pendentes», lê-se no portal da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN).
Esta decisão consta do comunicado aos trabalhadores divulgado pela federação após a última reunião plenária de negociação salarial, no passado dia 10 de Março, em que a comissão negociadora sindical (CNS) da Fiequimetal «repudiou, firmemente, a atitude da administração». Esta não alterou a sua proposta de 0%, ou seja, «nada», em todas as matérias, informa o texto.
A CNS não aceita que a administração tente «vender a teoria de que sem inflação não há aumentos» e sublinha que «os trabalhadores não vivem de "palmadinhas nas costas e palavras doces"». A sua valorização «passa pelo reconhecimento profissional e por aumentos correspondentes ao valor que criam, cada vez mais», frisa o comunicado.
POAC e contestação à actuação da administração
No que diz respeito ao chamado POAC-RD (Plano Operacional de Actuação em Crise – Redes de Distribuição), a federação lembra no documento que iniciou «há muito tempo a contestação à actuação da administração», que decidiu passar a convocar os trabalhadores para uma «prevenção» que não tem figura aplicável no Acordo Colectivo de Trabalho e, assim, «sem qualquer enquadramento compensatório».
«É imperioso que a administração respeite os trabalhadores da E-Redes» (nova designação da EDP Distribuição), e que, quando resolver activar o designado POAC, «garanta as compensações económicas a serem aplicadas, negociando com os sindicatos os valores», defende a Fiequimetal.
Sublinha igualmente «a necessidade de acordo dos trabalhadores», por forma a ser «justo para quem põe a sua disponibilidade ao serviço da empresa».
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