A segunda edição do festival, cuja apresentação teve lugar esta semana nos Paços do Concelho, é organizada pela Câmara Municipal de Évora em parceria com a Fundação Inatel e tem direcção artística de Carlos Seixas.
Ao longo dos nove dias, vários espaços da cidade alentejana – Auditório Soror Mariana, Palácio Dom Manuel, Teatro Garcia de Resende e Pátio da Fundação Inatel – vão acolher múltiplos concertos, um ciclo de cinema documental, conferências e o Encontro Ibérico de Música, que reúne artistas portugueses e espanhóis, informa o município no seu portal.
A cerimónia de abertura acontece hoje, às 21h30, no Palácio Dom Manuel, contando com a participação de Helder Moutinho, «um estudioso e conhecedor profundo do fado que canta com a clarividência de quem sabe o peso justo de cada palavra», e os Cantadores do Desassossego, que «no palco, na rua ou na taberna, defendem o cante tal como lhes foi passado por pais e avós».
Nos nove dias de Festival Material, será possível assistir também aos espectáculos de Amélia Muge (Portugal), Annie Ebrel & Riccardo Del Fra (Bretanha), Bandua (Portugal), Barrut (Occitânia), Farnaz Modarresifar & Haïg Sarikouyoumdjian (Irão/Arménia) e Grupo de Cantares de Évora (Portugal).
Integram ainda a selecção Lia de Itamaracá (Brasil), Natch (Cabo Verde), Parvathy Baul (Índia), Saz’iso (Albânia), Soona Park (Coreia do Sul), Tanxugueiras (Galiza), Tarta Relena (Catalunha) e Verde Prato (País Basco).
Bandua, Tanxugueiras, Tarta Relena e Verde Prato compõem a programação do Encontro Ibérico de Música, que integra o festival e reúne uma nova geração de artistas do território ibérico, informam os organizadores.
Uma das novidades desta edição é a realização de um ciclo de cinema documental, com curadoria da professora de música britânica Lucy Durán, que abrange uma selecção de seis filmes, incluindo a estreia de All mighty Mama Djombo, realizado pelos franceses Sylvain Prudhomme e Philippe Béziat.
Do programa, refere a organização, faz parte ainda um ciclo de conferências que «promovem um encontro entre o património edificado e o património imaterial», e que abordam temas como «o que tem sido reservado à população negra em Portugal nos processos de definição e ressignificação do património material e imaterial do país ou o estado geral do cante alentejano».
No último dia do festival, está prevista a atribuição do Prémio Imaterial, que «visa saudar e agradecer» a uma personalidade ou artista cujo percurso tenha sido «decisivo no incentivo ao diálogo entre diferentes culturas, no estímulo ao cumprimento dos direitos humanos e na defesa da igualdade de relacionamento e da paz entre os povos».
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